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domingo, 6 de julho de 2014

O banco “tecnocrático” PSD/BES e a Europa.

Banco PSD - BES - tecnocrático e profissional.Jul.2014
LÉuropa non é dei banchieri tedeschi, ma dei cittadini europei (Matteo Renzi).

A presidência italiana da União Europeia iniciou-se com um conflito; o governo italiano, versos, o sistema bancário da Europa e os tecnocratas de Bruxelas.

Em Portugal, o chefe do governo Passos Coelho, realça o carácter “tecnocrático e profissional” da nova administração do Banco Espírito Santo. Tecnocracia PSD, novos banqueiros cooptados do partido; Paulo Mota Pinto, Vítor Bento, João Moreira Rato. Luz verde do também laranja Carlos Costa.

A família PSD adoptou a família Espírito Santo. BPN já foi…

No fórum económico da CDU, de Ângela Merkel, o presidente do Bundesbank Jens Weidmann, acompanhou os medos lançados em Estrasburgo pelo líder do PPE Manfred Weber contra o primeiro-ministro italiano.

Quando a banca se sente ameaçada, lança os políticos que criou e lhes são próximos - em sua defesa. A Europa é dos banqueiros e não dos cidadãos europeus, devido à promiscuidade entre os políticos eleitos e a alta finança.

Por isso, quando aparece alguém de dentro do sistema, com um discurso como o de Matteo Renzi, surge a esperança de emergir uma prédica diferente da oração pela Santa Banca e o seu bem-estar.

Seria normal que os países intervencionados e prejudicados pelas vigarices dos bancos (americanos e europeus) se juntassem à censura de Renzi, mas tal não é de esperar do governo Passos/Portas/Cavaco...

…Estes defenderão sempre a Banca - a Família.

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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Renzi ao PPE; Não tenho medo de cães de guarda!

Renzi pôe em causa entendimento PPE - PSE. JUL.2014

O primeiro-ministro Matteo Renzi iniciou o semestre da presidência italiana da União Europeia, a polemizar com os conservadores do Partido Popular Europeu (PPE).

Renzi fez um discurso europeísta, mais virado para a “identidade europeia” e contra o “rosto de aborrecimento” do “auto-retrato europeu”. Bastou-lhe lembrar que sem crescimento a UE não tem futuro, para ter à perna o líder da bancada do PPE, o alemão Manfred Weber, e o programa da direita contra a concessão de flexibilidade.

Para o dirigente conservador o “endividamento não cria futuro” e deve-se “continuar na linha de rigor”. Weber espicaçou Renzi afirmando: - “a Itália tem uma dívida de 130%, onde encontram esse dinheiro?” Em resposta, Renzi lembrou que apesar da dívida ser alta, a Itália tem uma riqueza privada quatro vezes superior.

Renzi, que disse não aceitar lições moral de ninguém, lembrou aquilo que há muito se diz, mas na boca de um primeiro-ministro tem outra dimensão: - “Se Weber fala em nome da Alemanha, recordo-lhe que nesta mesma sala, no decurso da presidência italiana, a um só país [Alemanha] foi concedida flexibilidade e apesar de violar os limites é hoje um país que cresce”.

Mais tarde ao programa televisivo “Porta a Porta” Renzi acrescentaria a propósito; “ não tenho medo de cães de guarda, da Alemanha ou de Itália.

A presidência italiana promete; independentemente de Matteo Renzi ser mais parecido com Blair ou com a Gioconda, está a fazer frente à Alemanha. Também o presidente da delegação italiana do Partido Socialista Europeu, Gianni Pittella ameaçou os acordos com o PPE sobre Jean-Claude Juncker, em função da flexibilização das normas europeias.

Uma presidência italiana de discussão europeia ou mais uma falsa partida socialista.

Para já, não se compara ao comportamento do governo português, sintetizado por Cavaco Silva no sublime - “aprendemos a lição”.

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sexta-feira, 6 de junho de 2014

O que são primárias abertas? No PS são fechadas.

Seguro engana os eleitores. Jun.2014
O que a direcção do Partido Socialista de António José Seguro anunciou, não são eleições primárias abertas.

No nosso país, os candidatos dos partidos a cargos locais ou nacionais são designados pelos órgãos dos partidos e estes eleitos pelos seus militantes, ou então por voto directo dos militantes.

Os eleitores não inscritos nos partidos não têm tido o direito de contribuir com o seu voto, para escolher os candidatos aos mais altos cargos públicos – e assim determinar decisivamente a política nacional.

As eleições primárias (internas aos partidos) são eleições fechadas quando só podem votar eleitores inscritos no partido.

A solução que o actual PS quer fazer passar por eleições abertas, obriga a inscrição no partido como simpatizante; uma espécie de “terceira via” entre abertas e fechadas - para satisfazer o “aparelho” que já se agitava com a ideia das abertas.

Os eleitores não inscritos no partido são impedidos de votar, não são eleições primárias abertas.

Nas eleições primárias abertas participam todos os eleitores, sejam simpatizantes com a área política ou com os candidatos propostos; não têm obviamente de ter filiação no partido e só votam uma vez em eleições abertas (não são adversários a fazer batota - ver aqui). Pérez Rubalcaba, do PSOE, quer em Espanha eleições primárias abertas  em todos os partidos parlamentares.

Na Europa, do próximo Partido da Terra galego ao distante Partido Democrático (PD) italiano há vários exemplos recentes que pelos vistos Maria de Belém não estudou – ou estudou muito bem. Em França, os eleitores no PS declararam defender valores gerais da esquerda e pagaram um euro.

Em Itália, desde 2005 que são usuais as eleições directas abertas, para governadores, como Nicola Vendola em 2005 e 2010 (SEL- Esquerda, Ecologia e Liberdade) da região de Puglia, às últimas do Partido Democrático, para a câmara de Roma (Ignazio Marino) e aos recentes candidatos eleitos primeiros-ministros, Luigi Bersani e Matteo Renzi.

Quando muito as primárias de Seguro corresponderiam às primárias no seio do PD para encontrar os candidatos às eleições abertas. Em Itália, no PD, quem teve mais de 15% no partido, candidatou-se em eleições abertas a todos os italianos; pagaram dois euros e não tiveram de se filiar como simpatizantes de ninguém.

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terça-feira, 27 de maio de 2014

António Costa agita o pântano.

António Costa vai encontrar resistências. Mai.2014
 
Entre a primeira volta das legislativas, que foram as europeias, e a segunda parte, prometem-se mexidas nas equipas e revolução no balneário. António Costa avança para a liderança do PS.

Altera tudo.

Quando em Janeiro de 2013, António Costa simulou a vontade de tomar o poder no PS, conseguiu parar o empenho saneador interno e posicionar-se. Sabia que o aparelho do PS, controlado por Seguro, não lhe daria qualquer hipótese de sucesso. Contou apoios e esperou por melhores dias, ou seja, dias piores para o partido.

O tempo que deu a Seguro para descolar dos empates técnicos com os partidos do governo acabou no resultado das europeias. O que o PS de Seguro tem para oferecer ao país, em 2015, é a participação num governo de “bloco central”. Só uma dinâmica vencedora, que Costa está bem colocado para desenvolver, pode alterar a rota pastosa socialista até às legislativas.

O sucedido em Itália, com o Partido Democrático é elucidativo, ganharam e nem a abstenção subiu. Mas o êxito italiano é também um problema para o actual presidente da Câmara de Lisboa; António Costa defende directas abertas nos partidos, (que salvou o centro esquerda italiano) e isso é uma atitude que os aparelhos partidários toleram mal.

Entre as blindagens estatutárias que António José Seguro inventou para ir a eleições em 2015, e a vontade dos militantes do PS, joga-se o futuro do próximo governo.

Costa tem coragem e uma tarefa difícil, é-lhe mais complicado ganhar o PS que ganhar o país.

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domingo, 19 de janeiro de 2014

O regresso de Berlusconi. Sintonia Renzi/Forza Itália.

Renzi. Sintonia profunda com Forza Itália de Berlusconi. Jan.2014
Menos esquerda na social-democracia italiana.

“Profunda sintonia com Forza Italia” foram as palavras (textuais), do novo secretário-geral do Partido Democrático (PD) Matteo Renzi, após a reunião, de duas horas e meia, com Sílvio Berlusconi, líder do conservador Forza Italia.

A reunião, que se realizou na sede do PD, e que, também por isso provocou acesa polémica na esquerda do PD, ressuscitou politicamente o condenado pela justiça, Berlusconi. Este deu o seu acordo a reformas no sistema eleitoral que reforçarão os grandes partidos.

A reforma eleitoral (cujo texto Renzi apresenta segunda -feira) será no sentido de garantir o “bipolarismo”; uma prenda aos grandes partidos, “eliminando a chantagem” dos pequenos partidos, cujo poder “impede a governabilidade”, isto segundo Renzi.

Renzi e Berlusconi entenderam-se ainda sobre a reforma do “Título V da Constituição”, relativo à administração do território e sobre a transformação do Senado em uma Câmara autónoma sem vencimentos e sem eleição directa dos seus membros.

A viragem à direita do Partido Democrático promovida pelo novo secretário-geral e a sua equipa de jovens, ainda vai dar que falar. Para já, e apesar das ameaças do líder do governo Enrico Letta (também do PD) em demitir-se, caso os pactos com Berlusconi continuem, Renzi leva o seu plano adiante.

Berlusconi é um condenado e num país normal seria um político acabado.

O novo líder do PD, de “centro-esquerda” e partido historicamente opositor de Berlusconi, acaba de contribuir para a sua reabilitação política.

Não vai ser pacífico nas várias tendências do PD.

(em actualização)

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Movimento Forconi despoleta rebelião em Itália.

  Forconi acende rebelião em Itália.Dez 2013 Fronteira entre Itália e França desbloqueada.
 
Censura internacional

Itália está em pé de guerra. Para o ministro do interior Angelino Alfano (nº2 de Berlusconi antes da cisão no partido “Povo da Liberdade”) o tumulto social em curso por todo o país é “susceptível de causar uma rebelião, dirigida contra as instituições nacionais (de Itália) e da Europa”.

Os protestos do Movimento dei Forconi (forquilha) provocaram um contágio espontâneo que envolve agora todas as categorias sociais italianas, de norte a sul, das ilhas às fronteiras terrestres. Já não são só os agricultores, pescadores, transportadores e comerciantes que estiveram no início do movimento; estenderam-se a desempregados e precários, estudantes e trabalhadores de várias profissões. É uma revolta social autónoma de partidos e organizações políticas. 

Desde o princípio do movimento da forquilha que tentam ligar as suas reivindicações (acusação dos patrões da Cofindustria) a iniciativa da máfia - por ter origem na Sicília (como se não fossem da Sicília os mais corajosos opositores da máfia). 

Nas manifestações desta semana (que continuam) aparecem quer elementos da extrema-direita quer de extrema-esquerda, velhos comunistas (foto em baixo) anarquistas, etc. A maioria é “povo” sem partido. Como se dizia em Espanha, nem de esquerda nem de direita – de baixo.

Das esquerdas às direitas . Italianos protestam por todo o país..Dez 2013 
Esta revolta social assusta. Assusta de tal maneira que há um acordo tácito nos meios de informação internacionais para não lhe dar voz. Tenho em subtítulo que a fronteira (Ventimiglia) entre Itália e França já foi desbloqueada, poucos sabiam que esteve fechada por manifestantes.

Os jornais nacionais italianos autocensuraram ontem as notícias sobre os protestos (tenho o Corriere della Sera que não traz uma linha), hoje já voltaram a noticiar pois as televisões e os órgãos locais, não alinharam no boicote informativo. 

Em Portugal é uma vergonha! Nem um jornal nem um jornaleco - como se fechar uma fronteira ao trânsito entre dois países da União Europeia não seja notícia, para não falar na convulsão social.

Os blogues ainda estão a tentar perceber a coisa e quem tem um “partido irmão” em Itália ou a falta de um “partido irmão” em Itália não arrisca sequer olhar para a Itália de hoje. Faz mal.

O que lá se passa é importante, o que se passa na rua e o que se passa nos corredores do poder com a alteração radical da lei eleitoral. Servia de exemplo para cá. Acompanhem pelas televisões italianas, as melhores da europa desde que Rajoy interveio na TVE.

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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Movimento da Forquilha. A revolta social em Itália.

Movimento da Forquilha - Camionistas bloqueiam estradas de Itália. Dez. 2013
  Quando rebelar-se é um dever.
 
E quando a extrema – direita aproveita os movimentos sociais.

O dia de ontem, 9 de Dezembro, fica marcado em Itália por protestos em toda a península. Bloquearam estradas, ocuparam estações ferroviárias, degenerando em confronto violento com a polícia em Turim. Agricultores, desempregados, camionistas, trabalhadores liberais e estudantes, responderam por toda a Itália à convocatória do movimento “Forconi” (forquilha).

A forquilha já é um símbolo da revolta social em Itália. O movimento nasceu em Janeiro de 2012 quando agricultores, pescadores e transportadores, se organizaram na Sicília, na sua primeira greve por tempo indeterminado contra o governo Monti. A greve alastrou à Calábria e a Roma, bloqueando o abastecimento de combustíveis e alimentos.

O movimento vive desde o início no receio de sofrer infiltrações da máfia e de organizações extremistas, e ontem veio a confirmar-se “penetras” de grupos da extrema-direita em várias cidades, nomeadamente na Piazza Castello de Turim, onde se registaram os maiores desacatos. Segundo os jornais italianos seriam organizações de extrema-direita como o MSE, a CasaPound, a Forza Nuova, alguns identificados com as cores das claques ultras de clubes como o Torino e da Juventus em Turim ou do AC Milan e do Inter, em Milão.

Para o porta-voz da coordenadora do protesto, Andrea Zunino, a violência foi provocada por “um punhado de jovens agressivos e violentos, pouco tendo a ver com o evento, que foi totalmente pacífico”. 

Numa altura em que em Itália se assiste a uma importante recomposição das forças políticas; com a viragem à direita do Partido Democrático elegendo Renzi, com o novo líder Matteo Salvani na Liga Norte, ainda mais racista e xenófobo que Umberto Bossi e com Berlusconi preparando o regresso em força da Forza Itália, o panorama das lutas sociais e da sua incorporação partidária será problemática; para todos, e mais para a esquerda.

As condições económicas da força do trabalho italiana contrariam a política europeia e o Euro, nesse sentido a oposição da direita eurocéptica terá vantagem no ainda maior caos político que se adivinha em Itália. 

Ler ainda:

http://oclarinet.blogspot.pt/2013/12/movimento-forconi-despoleta-rebeliao-em.html

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Paulo Portas e Maria Luís. Missão secreta em Bruxelas.

Missão secreta junto da troika. Set.2013

Ninguém conhece os objectivos da ida de Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque a Bruxelas. As dúvidas, sobre a finalidade da viagem, aumentam por se saber que um e outra têm posições quase opostas sobre as negociações com a troika e a política a seguir.

Os portugueses nunca souberam o que se passa nas reuniões do governo com a troika; nem sabem antes o que o governo vai defender, nem depois o que envolveram as negociações. Não sabe a opinião pública nem o Parlamento (que devia controlar a actividade do governo), não sabe a oposição nem sequer o maior partido da oposição.

O que o governo e a troika fazem - antes, durante, e após as avaliações, cheira a conluio, a cozinhado, e a esturro.

Hoje, pela hora de almoço, segui um pouco da demorada conferência de imprensa de Enrico Letta, primeiro-ministro italiano, presente na reunião do G20 em São Petersburgo. A posição de Itália na Conferência e todos os temas internos e internacionais foram conversados. 

É isso que falta aqui, que conversem connosco, que se deixem de secretismos e não nos briefem com patranhas. A Itália está prestes a entrar numa nova crise da coligação que sustem o governo, apesar disso dão satisfações aos cidadãos. 

É outra cultura…democrática.

 G 20 Letta presta contas em São Petersburgo. Set.2013

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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Desemprego homólogo sobe 1,4 pontos. Merkel a ver.

Buraco florido.Ago 2013


O período da taxa de desemprego apanha a época sazonal de empregos de Verão, tem de ser lido homologamente a igual período de 2012. Sobe a taxa de desemprego em relação ao ano passado e há menos empregos. (resumo INE em baixo)

Portugal é uma decepção para Ângela Merkel, a campanha de optimismo que circula na comunicação social germânica é contrariada (também) pelos números oficiais do emprego em Portugal. 

Ainda ontem o Die Welt dizia que a “austeridade alemã” sobre os países do sul estava a surtir efeito; “sinais positivos em que recentemente ninguém acreditaria” viriam de Itália e de Espanha, até eram esperados na Grécia e em Portugal. 

Os sinais são realmente falseados e no caso português abissalmente falsos; para além dos números de agora, vai haver mais medidas de austeridade e o consequente impacto negativo na economia nacional. 

A campanha dos “sinais positivos” não é só portuguesa, as economias italianas e espanhola estão em recessão há 8 trimestres (2 anos), os últimos dados de Itália são metade do previsto (!) pelos economistas; 0,2 em vez de 0,4 e em Espanha é negativa à tangente. As economias continuam a encolher mas menos, é logo motivo para falar em saída da crise. 

As eleições alemãs a isso obrigam, e acredita-se que o optimismo doméstico engana os mercados.

Depois temos a realidade das famílias e das empresas, não há campanha optimista que a encubra.

Resumo INE

A taxa de desemprego estimada para o 2º trimestre de 2013 foi de 16,4%. Este valor é superior em 1,4 pontos percentuais ao do trimestre homólogo de 2012 e inferior em 1,3 pontos percentuais ao do trimestre anterior.

A população desempregada foi de 886,0 mil pessoas, o que representa um aumento homólogo de 7,1% e uma diminuição trimestral de 7,0% (mais 59,1 mil e menos 66,2 mil pessoas, respetivamente).

A população empregada foi de 4 505,6 mil pessoas, o que representa uma diminuição homóloga de 3,9% e um aumento trimestral de 1,6% (menos 182,6 mil e mais 72,4 mil pessoas, respetivamente). 

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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Fim do fascismo. Queda de Mussolini faz hoje 70 anos.

25 Julho 1943 - Queda de Mussolini - 70 anos. Jul.2013

Há 70 anos, em 25 de Julho de 1943, Benito Mussolini cai em desgraça, é destituído e preso. Na noite anterior reuniu no palácio Veneza, em Roma, o Grande Conselho do Fascismo, órgão máximo do regime, onde é deposto. 

Preso a ordens do rei Vittorio Emanuelle III, levado para as ilhas perto de Roma vai depois para a prisão de Gran Sasso. Em 12 de Setembro, uma operação de paraquedistas SS alemães liberta-o. 

Mussolini ainda comanda, até 1945, a chamada República Social Italiana, fora das zonas de Itália libertadas pelos aliados. Com a derrota eminente, é capturado antes de fugir para a Suíça e executado, em 25 de Abril de 1945, pela resistência italiana.

O fim do fascismo italiano iniciou-se com a queda de Mussolini. Foi apenas há 70 anos. 

No próximo dia 29, data do aniversário de Benito Mussolini, em Predappio, sua terra natal, haverá a homenagem que todos os anos os seguidores nostálgicos prestam a Mussolini. Vêm de toda a Itália celebrar IL Duce e o ideário fascista.

Afinal, foi só há 70 anos. 

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Avião de Evo Morales. Governo português uma vergonha.

Avião de Evo Morales sequestrado em Viena. Jul.2013

Portugal é o principal visado pelas críticas da América Latina no sequestro do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales.

O avião presidencial que fazia um voo entre Moscovo e a Bolívia teve de fazer uma aterragem de emergência na Áustria, após Portugal (Lisboa era a paragem inicialmente prevista para reabastecimento) e a França terem recusado que a aeronave aterrasse.


.Voo presidencial seguido em directo pela América Latina. Jul.2013
A Bolívia denuncia Portugal, Espanha, França e Itália às Nações Unidas de atentarem contra a vida do presidente boliviano. Os países europeus não terão permitido o sobrevoo ou a aterragem por ordens (!?) dos Estados Unidos relacionadas com a suspeita de Edward Snowden viajar no avião.

Portugal permitiu os voos ilegais da CIA, agora põe em risco a vida de um presidente de um país soberano, supostamente a mandado da mesma CIA ou “companhia” semelhante.

A Bolívia não quer que o “atentado contra Morales” pelos países europeus “fique impune”; vai por isso promover acções legais e tomar iniciativas políticas. A UNASUR (União das Nações Sul-Americanas) reúne amanhã para analisar o incidente internacional. 

Para Evo Morales “o sequestro do seu avião na Europa é uma agressão contra a América Latina”. A Bolívia quer explicações uma vez que “tinha autorizações de Portugal e da França e inexplicavelmente estas foram canceladas por questões técnicas”.

Não é só a Bolívia que quer explicações, os portugueses também as exigem. É uma vergonha para todo o país que tenhamos um governo que não respeita o Direito Internacional, a Imunidade Diplomática e a Convivência Pacífica entre os povos. 

O que terá a dizer o Presidente da República Portuguesa, se é que (para estes casos) ainda existe?

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Apoiar as empresas é não as afundar. Pagar as dívidas.

Estado deve 3.000 milhões de euros às empresas. Jun.2013

Cavaco Silva anda pela União Europeia, a pedir. Sugere que os países intervencionados beneficiem temporariamente de um “regime especial que lhes permita conceder incentivos fiscais ao investimento no sector dos bens transacionáveis”.

O financiamento das PMEs é um problema pelo preço do crédito bancário, mas é preciso saber para que se destina o crédito. Também a ideia de que bastam incentivos fiscais para que ocorra investimento, ou sequer que essas ajudas sejam fundamentais, nada tem a ver com a realidade das PMEs nacionais.

É mais importante o que António José Seguro anda a dizer sobre as dívidas do Estado às empresas, que o périplo europeu de Cavaco Silva. Seguro anda a comprometer-se como candidato a governante, Cavaco pouco risca agora e nada no futuro.

O Estado deve hoje às empresas mais de 3.000 milhões de euros (com mais de 90 dias de prazo de pagamento). Seguro diz: “Imaginem o que eram esses 3.000 milhões de euros na economia”. E nós imaginamos. 

Seguro diz; “o Estado português deve honrar os seus compromissos” com as empresas suas fornecedoras e pagar o que lhes deve. E nós podemos imaginar que se Seguro for um dia primeiro-ministro o Estado deixa de ser caloteiro? É um programa eleitoral.

Os mais de 3.000 milhões de euros de dívidas do Estado são um enorme custo para o país. É um valor superior a quaisquer super-créditos ou incentivos fiscais.

Em Itália, no início de Abril (ainda governo Monti) saiu um decreto para pagar 40 mil milhões de euros (em 12 meses) de dívidas do Estado italiano a fornecedores. Mário Monti dizia ser uma situação inaceitável e o pagamento foi considerado um estímulo ao crescimento económico. 

O que se exige aqui é menos discursos sobre o crescimento económico e a recessão, e mais acções concretas. Um plano para pagar as dívidas do Estado às empresas era uma medida anti-recessiva e favorável ao emprego. Discursos são conversa.

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terça-feira, 28 de maio de 2013

Itália Municipais. Beppe Grillo apaga Mov. 5 Estrelas.

Flop Beppe Grillo. Derrota da política anti-política.Mai.2013

As eleições autárquicas em Itália são relevantes; devido à composição do governo, de grande aliança, e da alternativa política (dita anti-política) do Movimento 5 Estrelas (M5S) de Beppe Grillo. Os resultados são politicamente valiosos na crise do sistema político italiano.

Centro-esquerda dominou as eleições. A abstenção subiu 15 pontos em relação a 2008. Em Roma votaram 52,8%, no país 67,38% dos eleitores. Ignazio Marino candidato do Partido Democrático (PD) ganhou na capital por 42,60% contra 30,27% do actual presidente Giovanni Alemanno, de ultra direita. Há segunda volta a 9 e 10 de Junho. O candidato de Grillo, Marcello De Vito, conseguiu apenas metade (12,43%) dos votos obtidos pelo M5S nas eleições gerais de Fevereiro, e no resto do país as perdas foram iguais.

A vitória generalizada do PD e a profunda derrota de Beppe Grillo, significa que o eleitorado não castigou o centro esquerda, pela necessidade de se aliar ao Popolo della Libertà (PdL) de Berlusconi, para compor o governo, mas sim o movimento do comediante por não viabilizar uma aliança que impedisse o regresso do PdL ao poder. Sondagens deram grande maioria de votantes no M5S como partidários de uma aliança PD/M5S, para formar governo.

Beppe Grillo flop da anti-política. Mai.2013

No blogue que serviu Beppe Grillo, as “bases” culpam-no por inteiro do desaire, restando ainda criticas para os parlamentares “5 Estrelas” que “até agora fizeram pouco e mal, causando má imagem com brigas de salários e subsídios”. 

Raiva e frustração pelo colapso, passam pelo blogue. Fundamentalmente pelos erros políticos do único líder, que fez “perder a ocasião de se livrarem de Berlusconi”. 

Mas pode ser mais que um desastre eleitoral, O M5S pode só ter durado três meses, como o conhecemos, e ser um ensinamento para outros lugares. 

Do protesto para a governança, não é curso de animação espontânea que se tire nas redes sociais, nem a democracia directa (de base) é aquela ferramenta que substitui o telefone ou os sinais de fumo. A política realiza-se com pessoas, em sítios físicos e não em sites celestes, a democracia pratica-se nos locais “da contradição”, só as ordens e o marketing podem ir por impulsos eléctricos. 

Beppe Grillo ainda vai mandar, até não ter quem lhe obedeça, e os povos vão continuar a tentar encontrar um sistema político em que tenham mais poder colectivo - mais democracia.

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domingo, 28 de abril de 2013

Itália. Atentados. Matrimónio à italiana.

Atentado - durante o juramento do governo italiano - à porta do palácio Chigi.Abr.2013

Enquanto decorria o juramento dos membros do novo governo italiano, dois carabineiros eram atingidos num tiroteio à porta do palácio Chigi. A primeira informação é de que o atentado foi executado por um “desequilibrado”.

Dentro do palácio do Quirinale nascia um governo de equilíbrios duvidosos. Da Liga Norte ao SEL, do mais à direita ao mais à esquerda, a quase totalidade das forças políticas de Itália queriam um governo político, contrário ao “governo técnico” (“governo dos bancos”, como lá se diz). Não é isso que representa a actual composição governamental.

Os “gaspares” e os conluios com a Finança estão no governo italiano, assim como a oposição à política de austeridade europeia. Apesar de ser multicolor, o governo italiano é um atentado ao resultado eleitoral, regressa em força a democracia cristã (presente em várias formações) e são afastados os históricos de esquerda.

Ontem dizia no post (AQUI), sobre a carta aberta de militantes socialistas ao congresso do PS, que “os socialistas italianos tiveram bons resultados com as directas abertas”. Sendo verdade, o caso italiano veio demonstrar que a democracia mais alargada também pode ser subvertida, e de forma absoluta.

Matteo Renzi perdeu nas directas do Partido Democrático (PD), (maioritário nas eleições) para Luigi Bersani, mas o poder de Renzi no aparelho do PD arruinou as tentativas de Bersani contar com o seu próprio partido para formar governo. Isso, e o Grillismo, concebido a pescar votos nas redes sociais e a manipulá-los em proveito próprio. 

Dois meses de crise pós eleições gerais, deram na reeleição do presidente e num governo técnico/político contraditório.

Um "matrimónio à italiana", com muitos filhos e pais desconhecidos.

(corrigido: Palácio Chigi que fica na praça Colonna - obrigado pelo reparo do leitor).

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sábado, 20 de abril de 2013

Itália. Giorgio Napolitano reeleito na 6ª votação.

Giorgio Napolitano reeleito presidente de Itália.Abr.2013

O Presidente da Itália, Giorgio Napolitano, acaba de ser reeleito pelo parlamento para um segundo mandato.

Impasse italiano resolvido em parte, após cenas rocambolescas que puseram a nu a crise política em que a Itália caiu, com os resultados das eleições para o Senado e para o Parlamento.

Só na sexta votação e com uma solução de recurso, a Itália conseguiu eleger um presidente da República. 

Eleito pelos senadores, deputados e delegados das regiões, num total de 1007 votantes, precisava nas três primeiras votações de atingir uma maioria de dois terços (672 votos) nas seguintes maioria simples (504 votos).

Franco Marini, 80 anos, proposto pelo seu Partido Democrático (PD) maioritário, teve na primeira votação 521 votos. A candidatura resultava do acordo entre o PD, de Luigi Bersani e o Partido da Liberdade (PDL) de Berlusconi. 

Eleitores da coligação de esquerda votaram contra Marini, não foi eleito. O impasse manteve-se com abstenções na 2ª e 3ª votação – nesta, Stefano Rodotà, apoiado por Beppe Grillo obteve 250 votos, longe dos 672 necessários.

Para a 4ª ronda, Bersani apresentou Romano Prodi, ex-primeiro-ministro e antigo presidente da União Europeia; teve 395 votos dos 504 necessários e Stefano Rodotà 213. Nesta ronda só votaram 732 dos 1.007 eleitores.

Hoje, na votação da manhã (a 5ª) Rodotà conseguiu 210 votos. A maioria optou pelo voto em branco (445) enquanto se aguardava por uma saída para a crise; concretizada na confirmação pelo PD de que tinha sido feito um pedido a Giorgio Napolitano para se recandidatar.

Giorgio Napolitano eleito presidente de Itália. Abr. 2013 

A resposta positiva de Napolitano chegou cerca das 14.30 h locais. Estava eleito às 18.15 horas, vindo a obter 738 votos, contra 217 de Stefano Rodotà.

Com o presidente eleito, sobra uma crise nos partidos, particularmente no PD, com Luigi Bersani demissionário e a minoria interna a afirmar-se possivelmente como a nova classe dirigente, mas, de certeza, sem o PD para dirigir. Mas sobre isso e o embaraço governamental que não está resolvido em Itália se falará quando a poeira de hoje assentar um pouco. 

Para já, vencedor de todas as tácticas imaturas e suicidárias da esquerda, é Berlusconi.

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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Alemanha. Schauble e as insolvências na Zona Euro.

Segundo Wolfgang Schauble - Alemanha é quem mais aproveitou o Euro. Abr. 2013

Deputados alemães aprovam resgate financeiro a Chipre. Schauble ameaça com contágio da insolvência de Chipre a outros países e crise no euro.

Hoje, enquanto almoçava e assistia à votação para eleger o presidente italiano, (uma vez que cá pouco se passou, excepto uma conferência bizantina do governo a convidar a oposição a suicidar-se) li em rodapé na Rai News, uma citação de hoje, de Schauble: - “uma insolvência de Chipre poria em risco Espanha e Itália”. 

O jornal alemão Die Welt refere o mesmo discurso de Schauble, como ele tendo ameaçado; “se não se ajudar Chipre é inevitável a sua falência”, acrescentando que os países mais vulneráveis, Grécia, Irlanda e Portugal, seriam contaminados.

Independentemente da precisão das citações sobre os países (ANSA/DW/LUSA) há uma alteração do discurso alemão em relação a Chipre, e em comparação com o verificado na crise grega. Já não se ameaça os países em dificuldades, de expulsão, ameaça-se os deputados alemães de criarem uma crise no euro, nefasta também para a Alemanha.

O Die Welt traz hoje para título - precisamente - “Para Schauble a Alemanha é quem mais tem aproveitado o euro”. É o que por cá se diz há muito tempo e por todo o lado, excepto nos meios afectos à subserviência do nosso país e da União Europeia ao domínio germânico. 

E agora? Depois do discurso do dono da política germânica, dona da política do Conselho Europeu, do Eurogrupo e em grande parte do BCE, ainda há medo em negociar com a troika? Os portugueses, se baterem o pé, perdem mais que os alemães, ou têm sequer muito para perder? Há a certeza de estamos em má situação negocial depois dos receios confessados pela Alemanha?

A certeza que há, é de que as cedências aos desejos integrais da troika são apenas fruto de esses desejos serem coincidentes com o programa político do governo, e só do governo. (Sobre isso há consenso nacional – é, aliás, o único consenso visível e previsível neste país). 

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domingo, 24 de março de 2013

Em memória do massacre nazi de Sant´Anna di Stazzema.

Napolitano e Joachim Gauck no monumento- ossário de Sant Anna di Stazzema.Mar.2013

Em 12 de Agosto de 1944, três centenas de soldados nazis alemães cercaram a vila italiana de Sant´Anna di Stazzema, na Toscânia, e assassinaram 560 pessoas incluindo mulheres, crianças e idosos, naturais e refugiados na aldeia.

Os alemães, em retirada pelo norte de Itália perante o avanço dos Aliados e o aproximar da derrota militar, cometeram crimes de guerra sobre as populações. Represálias pelo apoio à resistência partigiana que combatia a ocupação alemã, ou simples terror; os relatos são de atrocidades de grande crueldade.

O massacre foi comprovadamente documentado em 1994, quando foram encontrados acidentalmente centenas de relatórios num armário metálico (chamado pela imprensa “armário da vergonha”) na cave do tribunal militar de Roma. Em 2004, um tribunal militar italiano iniciou o julgamento de 10 ex-soldados nazis envolvidos e ainda vivos, condenando-os em 2005 a prisão perpétua. Vivem na Alemanha.

Hoje, os chefes de Estado de Itália e da Alemanha, Giorgio Napolitano e Joachim Gauck, prestaram homenagem à memória das vítimas do Nazi-fascismo, visitando o lugar simbólico de Sant´Anna di Stazzema. 

Uma carta do sobrevivente Enrico Pieri, dirigente da associação dos mártires de Sant´Anna di Stazzema, entregue pelo presidente italiano ao seu homólogo alemão o mês passado, despoletou o evento histórico de hoje; “como a visita de Willy Brandt ao gueto de Varsóvia”, segundo Napolitano, “onde ele se curvou pedindo perdão”.

Giorgio Napolitano disse ser “provavelmente o último acto público no fim de sete anos” de presidência, e “estar feliz” pelo seu significado. Subir o monte até ao monumento para tocar “o absurdo e a crueldade sem desculpa, que atingiu a pequena aldeia” para “não se esquecer a vergonha e a catástrofe para onde o fascismo arrastou a Itália”.

O presidente alemão destacou o público no derrube dos muros de silêncio sobre os massacres. Joachim Gauck disse “inclinar-se perante” Enrico Pieri, o sobrevivente, que “fala do futuro da Europa e não do passado”. Ambos os presidentes realçaram a conciliação entre os povos.

Enrico Pieri dirigiu-se aos dois presidentes e disse: “ A Europa em 45 foi destruída, nós reconstruímo-la, agora cabe a vós torná-la maior”. (piú grande)

Memorável num dia que pode ser trágico para a Europa. Nada aponta para o discurso da montanha toscana; do anti-nazi-fascismo, da conciliação entre os povos, do respeito pelos países independentes, da paz, ou da Europa “piú grande”. 

Para já, vamos ver no que dá Chipre…

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sexta-feira, 1 de março de 2013

Manifestação 2 de Março vai por marés.

Barroso primeiro-ministro aumentou a dívida, escolhas económicas europeias também - Eu Não. Mar.2013
.
Há quem vá à manifestação de amanhã organizado em marés. A minha é a maré de azar. Somos muitos.

Azar, pelo presidente da Comissão Europeia que temos, Durão Barroso; depois de fugir do país foge às suas responsabilidades, (enquanto primeiro-ministro e como líder europeu) nas “escolhas das políticas” para Portugal.

Azar, por terem elegido o PSD Cavaco Silva, azar por terem elegido o PSD Passos Coelho, juntando uma maioria de direita no Parlamento a um presidente da mesma maioria. O azar é maior porque ambos foram eleitos por quem não votou contra eles abstendo-se ou votando em seco.

Com outro presidente já não havia este governo, mas o outro candidato era um “chucha” e a maré era contra os “chuchas” (os portugueses foram na onda).

A manifestação irá do protesto - ao ódio pelo governo. Uns ainda acreditam que
com Passos Coelho pode mudar a política, outros farão o que aconselhou o merceeiro do Pingo – Doce, apresentarão uma proposta, a única em minha opinião que pode mudar as coisas; demitam-se, demitam-nos, rua.

Como se faz? A solução vem nas marés, é preciso juntar muitas águas, engolir alguns pirolitos e sapos à mistura. É a nossa praia.

VAMOS LÁ!


Como habitual no início do mês os títulos mais lidos no ClariNet no mês anterior:

14/02 – Eleições em Itália. Bersani ou Berlusconi-Monti.

07/02 – Manifestação 16 de Fevereiro. Isto está mesmo mal.

21/02 – Manifestação 2 de Março. Próxima meta.

10/02 – Aos cortes chamam-lhe poupança.

06/02 – TGV. Sócrates telefonou a Vítor Gaspar.

28/03 (2011) - Vagas em lares, um negócio lucrativo.

15/02 – Francisco José Viegas plagiou Beppe Grillo.

05/02 – Fraude do BPN na SIC. Promete mas...

19/02 – Relvas. Grândola é o 25 de Abril – Estúpido!...

26/02 – Um Grillo em Itália. Redes sociais ou televendas. 

(clicar nos textos a cor para ler os artigos)


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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Um Grillo em Itália. Redes sociais ou televendas.

Nicola Vendola. Fev.2013

Nicola (“Nichi”) Vendola, fundador do SEL (partido; Esquerda, Ecologia e Liberdade) que Beppe Grillo tratou num comício por buson (bichona), definiu bem, ontem, os tempos italianos - ”televendas”.

O fenómeno Grillismo não é das redes sociais, o pivot nasceu na televisão e o “tsunami” fez-se sobretudo pelas televisões; a proposta do M5S de Grillo para “um referendo sobre a concessão dos canais públicos” não será alheia ao apoio televisivo, e por outro lado, a cassete primária da anti-corrupção vende que se farta em Itália.

Para a cassete contribuíram os juízes anti-máfia durante anos e Mário Monti durante o seu falhado governo tecnocrático. Monti e os juízes (António Ingroia nem foi eleito) levaram com o boomerang da demagogia do anti-partidarismo que alimentaram. 

O marketing de Gianroberto Casaleggio, “productor” de Grillo, expropriou a anti-corrupção, marca de sucesso, juntou-lhe um actor popular e um guião estridente de meias e completas verdades mais umas piadas e obscenidades quanto baste. O resultado está à vista; publicidade bem embrulhada e target definido, com acesso aos grandes meios, resulta com Berlusconi como com qualquer outro produto.

O anti-partidarismo como fórmula de democratização é contraditório com a formação do M5S, um partido que fez primárias (?) on-line como se isso o aproximasse da qualquer democracia directa. Unipessoal, personalizado e ditatorial, (expulsou quatro militantes por fazerem declarações na televisão), o M5S não tem nada a ver com os movimentos sociais (de expressão democrática) nascidos na Internet.

Neste momento os eleitos do M5S são tão políticos como os outros, não se sabe porque serão mais honestos que os outros e parece que nem eles sabem o que vão fazer para o Parlamento (pelo que se ouviu da boca deles ontem). 

Beppe quis concorrer à liderança do PD, não conseguiu, agora é contra os partidos. Pode não se concordar com a linha política do Partido Democrático, mas lá todos falam e muitos mais falaram nas primárias que elegeram Luigi Bersani, um processo “hiperdemocrático”, como se diz em Itália - que fazia falta aqui.

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Eleições Itália. Bersani ou Berlusconi - Monti.

Itália eleições sondagens. Fev.2013
 
Em Portugal quase nada se sabe sobre as importantes eleições em Itália. 
 
À comunicação social (e ao comentário político nos media) custa-lhes olhar para Itália, hoje. No entanto, as alterações políticas previsíveis em Itália terão reflexo relevante na política europeia, particularmente após a vitória de Francois Hollande em França e antecedendo as eleições gerais na Alemanha.
 
Falar em sondagens sem caracterizar as forças políticas presentes não esclarecerá quem não conheça a história política italiana, mas não há forma de falar aqui da Itália política sem ser em fascículos. Luigi Bersani é o líder do Partido Democrático (PD) “centro esquerda”, Mario Monti “centro” e Sílvio Berlusconi “centro direita” são mais conhecidos. Deles e dos partidos, coligações e personagens, quem são e de onde vêm, fica para um próximo post sobre a Itália política contemporânea.
 Italia sondagens.Fev.2013 
 
Todas as sondagens sobre as eleições italianas dos próximos 24 e 25 de Fevereiro, dão, desde sempre, a vitória à esquerda do Partido Democrático; apesar disso, desde 2012 só se ouve falar no confronto Monti- Berlusconi; do jornal Expresso na sua antevisão para 2013 ao último comentário do Prof. Marcelo.
 
Na verdade, Berlusconi não é candidato a liderar o governo de Itália e Monti é candidato ao Senado, sendo já… senador vitalício. Monti e quem o apoia não chegam a terceira força política, ultrapassados pelo Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo; aqui com 14,3% das intenções de voto contra 12,9 de Monti.
 
As eleições italianas parecem confusas, não são. Resultam de um processo que pode ser exemplo para o que se passa em Portugal, sobre o anti-partidarismo a corrupção política e os movimentos históricos, por um lado; e sobre as medidas de austeridade o empobrecimento e a saída para a crise, por outro.
 
Para já as sondagens, na certeza que o mais importante não será qualquer confronto Monti-Berlusconi - ao contrário do que nos querem fazer crer.


Última sondagem 8 de Fevereiro: legenda

Centrosinistra - Centro esquerda (37,2)

PD/Partito Democrático – 32,2

Sinistra, ecologia e libertá – 3,5

Altri di centro sinistra – 1,5

Centro (12,9)

Udc/ Unione di centro – 3,0

Futuro e libertá – 0,6

Scelta cívica/con Monti per l´ltalia – 9,3

Centrodestra - Centro Direita (29,7)

Pdl /ll popolo della libertá– 22,0

Lega Nord – 5,4

La destra – 1,0

Centrodestra nazionale/Frateli d´ltalia – 1,0

Altri di centrodestra – 0,3

Altri – Outros partidos (20,2)

Movimento 5 Stelle – 14,3

Rivolucione civile – 4,2

Amnistia giustizia e libertá – 0,4

Fare per Fermare il declínio – 1,0

Altri partito – 0,3

Indecisi/Astenuti – 31,2

Mais sobre eleições Itália AQUI

 
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