sexta-feira, 31 de maio de 2013

A caminho da Grécia. 1 DE JUNHO CONTRA A TROIKA.

Manifestação Internacional 1 de Junho Galiza - Portugal.Mai.2013

Pelos últimos números - e previsões conhecidas - da realidade económica e política, portuguesa e europeia, Portugal vai, desapiedado, a caminho da situação grega. É o caminho da Grécia que Portugal faz a cada dia de troika.

Uma viagem colectiva suicidária, num trilho, sem desvio à vista que não seja sair da Zona Euro. 

É verdade que há a resistência à troika, em crescendo e internacionalizando-se, e há que estar presente onde ela se construa, feita de vítimas e gente solidária.

Oclarinet (que regularmente está em Lisboa) vai estar amanhã, dia 1 de Junho, na jornada internacional contra a troika;
Ou numa manifestação no norte de Portugal - ou numa manifestaçom no sul da Galiza.

Mas vai estar.

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quinta-feira, 30 de maio de 2013

30 de Maio. Dia da reforma estrutural.

Greve do Metro inicia confluência CGTP - UGT (novo líder). Mai.2013
 

O dia de hoje, as zero horas em que se iniciou a Greve do Metro, marca uma mudança estrutural na frente de luta sindical. A CGTP e a UGT, já antes tinham estado juntas em eventos da luta dos trabalhadores, mas obedecendo a episódios de receio de isolamento, perante os que representam, e sob a acusação de obedecerem a estratégias de afirmação político-partidárias. 

Julgo que agora, a união na acção, dos sindicatos da CGTP, da UGT e Independentes, resulta da exigência dos trabalhadores, que nos seus locais de trabalho são afectados por igual, não entendendo a divisão artificial da acção do movimento sindical. 

A mudança de líder na UGT já previa uma mudança, a própria CGTP não resistiu muito tempo com o sectarismo, talvez aceitável pelas anteriores traições da UGT, mas inadmissível perante as vitórias do governo e da troika.

A “confluência na luta” é para durar, pelo menos enquanto a ofensiva do Governo Gaspar/Passos/Portas não recuar. Nesse sentido vai a reunião de amanhã do Conselho Nacional da CGTP, onde a linha de convergência, sectorial e nacional, irá, segundo palavras de Arménio Carlos; Uni-los na acção, “com todos os trabalhadores, independentemente das opções sindicais, e com todos os sindicatos sejam da UGT ou Independentes. 

Maio termina em grande conflitualidade laboral, Junho será um mês de luta, de luta unitária e convergente, contra as medidas do governo e da troika.

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terça-feira, 28 de maio de 2013

Itália Municipais. Beppe Grillo apaga Mov. 5 Estrelas.

Flop Beppe Grillo. Derrota da política anti-política.Mai.2013

As eleições autárquicas em Itália são relevantes; devido à composição do governo, de grande aliança, e da alternativa política (dita anti-política) do Movimento 5 Estrelas (M5S) de Beppe Grillo. Os resultados são politicamente valiosos na crise do sistema político italiano.

Centro-esquerda dominou as eleições. A abstenção subiu 15 pontos em relação a 2008. Em Roma votaram 52,8%, no país 67,38% dos eleitores. Ignazio Marino candidato do Partido Democrático (PD) ganhou na capital por 42,60% contra 30,27% do actual presidente Giovanni Alemanno, de ultra direita. Há segunda volta a 9 e 10 de Junho. O candidato de Grillo, Marcello De Vito, conseguiu apenas metade (12,43%) dos votos obtidos pelo M5S nas eleições gerais de Fevereiro, e no resto do país as perdas foram iguais.

A vitória generalizada do PD e a profunda derrota de Beppe Grillo, significa que o eleitorado não castigou o centro esquerda, pela necessidade de se aliar ao Popolo della Libertà (PdL) de Berlusconi, para compor o governo, mas sim o movimento do comediante por não viabilizar uma aliança que impedisse o regresso do PdL ao poder. Sondagens deram grande maioria de votantes no M5S como partidários de uma aliança PD/M5S, para formar governo.

Beppe Grillo flop da anti-política. Mai.2013

No blogue que serviu Beppe Grillo, as “bases” culpam-no por inteiro do desaire, restando ainda criticas para os parlamentares “5 Estrelas” que “até agora fizeram pouco e mal, causando má imagem com brigas de salários e subsídios”. 

Raiva e frustração pelo colapso, passam pelo blogue. Fundamentalmente pelos erros políticos do único líder, que fez “perder a ocasião de se livrarem de Berlusconi”. 

Mas pode ser mais que um desastre eleitoral, O M5S pode só ter durado três meses, como o conhecemos, e ser um ensinamento para outros lugares. 

Do protesto para a governança, não é curso de animação espontânea que se tire nas redes sociais, nem a democracia directa (de base) é aquela ferramenta que substitui o telefone ou os sinais de fumo. A política realiza-se com pessoas, em sítios físicos e não em sites celestes, a democracia pratica-se nos locais “da contradição”, só as ordens e o marketing podem ir por impulsos eléctricos. 

Beppe Grillo ainda vai mandar, até não ter quem lhe obedeça, e os povos vão continuar a tentar encontrar um sistema político em que tenham mais poder colectivo - mais democracia.

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segunda-feira, 27 de maio de 2013

É deselegante mentir aos portugueses.

Meta do défice - Portugal não pediu flexibilização. Mai.2013

Vítor Gaspar zangou-se (disse ser deselegante) com a pergunta de um jornalista na conferência de imprensa conjunta, com o presidente do Eurogrupo. A pergunta, para Jeroen Dijsselbloem, foi, se Portugal tinha pedido alívio nas metas do défice.

O presidente do Eurogrupo admitiu a flexibilização do défice, mas disse que Portugal não a pediu.

A flexibilização da meta do défice, não é uma invenção jornalística; Passos Coelho concedeu isso no Parlamento, os jornais têm trazido, com pormenores, os passos que o executivo tem seguido nessas negociações. 

Ainda hoje, pelo almoço, o canal público de televisão, propagandeava a mexida no limite do défice:

 Deselegante pedir confirmação da propaganda do governo.Mai. 2013

Mas o governo entende continuar a dizer uma coisa e o seu contrário, esperando que da confusão saia outra coisa que não seja uma imagem de desorientação. 

Vítor Gaspar dizia em Março de 2012 que “o valor verdadeiramente importante e vinculativo é a meta de 3% em 2013”. Já não é - nem para 2014. Não se sabe para que ano será tal meta, mas sabe-se, que não se chega lá com “ajustamentos” que destroem a economia portuguesa.

Com o desatino e insensatez deste governo não há, sequer, renegociação adequada. Se é que há renegociação viável continuando Portugal dentro da Zona Euro.

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sábado, 25 de maio de 2013

Milhares em Belém pela demissão do governo.

Foto manifestação Belém 25 Maio. Mai.2013

Cavaco Silva e o governo foram apupados por milhares de manifestantes, que convergiram para o largo frente aos Jerónimos e jardim da Praça do Império.

Foto Manif.25 Maio. Milhares a caminho dos Jerónimos. Mai.2013

A manifestação, organizada pela CGTP-Intersindical, partiu de concentrações por sectores profissionais e regiões do país.

 Foto manif.25 de Maio concentração CGTP. Mai.2013

Para além das palavras de ordem, exigindo que Cavaco cumpra a função de presidente e demita o governo, alguns manifestantes equiparam-se com dísticos que apelidavam Cavaco Silva de “Palhaço”; narizes e outras representações de palhaço, cartazes com palhaços, e, chamaram-lhe palhaço. É uma nomeada já popularizada, efeito da queixa à Procuradoria.

Palhaços às costas! Tinha de ser...Mai.2013

A CGTP marcou nova jornada de luta para 30 de Maio, e Junho vai ser um mês de greves, (Função Pública) podendo haver Greve Geral com convergência das duas centrais sindicais, UGT e CGTP.

Arménio Carlos disse: “Maio vai acabar com uma elevada temperatura no que respeita à conflitualidade social, mas em Junho essa temperatura vai aumentar”.

 Vamos lá!

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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Miguel Sousa Tavares tramado pelo "palhaço".

Palhaço. Susceptível de ser crime de ofensa à honra do PR.Mai.2013

O escritor Miguel Sousa Tavares reconheceu nesta sexta-feira que não devia ter chamado palhaço a Cavaco Silva. Fez bem. Cavaco Silva é todos os dias chamado de muitas coisas, publicamente, nas redes sociais e por todo o lado, mas o Miguel tem um estatuto que amola mais, tem de preparar a defesa.

Palhaço; será, em minha opinião, das nomeadas menos agressivas que circulam sobre Cavaco Silva.

No contexto da entrevista ao Jornal de Negócios, com referência ao político italiano e ex-comediante Beppe Grillo terá, como diz Miguel, “ido atrás da pergunta”. Agora a Procuradoria- Geral da República (PGR) vai atrás do Miguel, e na corrida, a todos os outros cujas palavras ofendam o cidadão Cavaco Silva.

O que é do cidadão Cavaco e o que é do presidente Cavaco é a questão. Ofensas ao cargo de presidente da República, nunca se viu, à pessoa que agora ocupa o lugar, é mato. Umas são mesmo insultos, mas a maioria são apenas desconsiderações, pessoais e políticas.

Cada dia há mais portugueses que não gostam de Cavaco Silva, é notório; do que faz e do que não faz, da forma como (não) exerce o cargo, e até da sua plástica pública. Eleito por 23,15% dos eleitores, perde a boa popularidade todos os dias.

A palavra palhaço terá para alguns, conotação injuriosa. O desprezo político e o desdém pessoal que merecem muitas figuras públicas, não é desrespeito pelo cargo que ocupam no Estado.

Esta iniciativa da PGR vai pôr todos a opinar se Cavaco Silva é ou não palhaço. Faz-me lembrar aquele locutor que se enganou a pronunciar o nome do deputado Eusébio de Carvalho, e depois emendou em directo, “perdão…Carvalho”!

Amanhã há manifestação frente ao Palácio de Belém, chamar palhaço a Cavaco Silva é capaz de ser proibido (e os verdadeiros palhaços podem levar a mal) …já sabem!

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

25 de MAIO. Manifestação em Belém 15.30h.

Todos a Belém.Mai.2013
(Mais informação AQUI)


 
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Teste. O que diz Wolfgang Schauble a Vítor Gaspar?

  Dit dit dah dah dit dit (?) …será Morse? Ou será Código Fónix;… blá blá BLÁ BLÁ blá blá?

Gaspar entende Schauble na perfeição, daí o movimento sincopado da cabeça – tal e qual o dos peluches de tola articulada que viajam nos automóveis (atrás - que à frente vai a Senhora de Fátima dependurada no espelho rectrovisor).

Soube hoje pela TV que Gaspar se sente em casa na Alemanha. Está em Frankfurt, está bem. Mas vai voltar ao lugar onde é infeliz, e faz mal (mesmo que não seja por muito tempo).

Vítor Gaspar escreve para o site do Ministério das Finanças alemão; o ministro alemão das Finanças escreve sobre o “amigo e colega” Gaspar, para a revista do Expresso. Ambos são muito “clarividentes, determinados e corajosos” e acham “Portugal firmemente no caminho da recuperação”.

Como a divida pública ultrapassou neste primeiro trimestre 127% do PIB, qualquer coisa como mais 3.800 milhões de euros, o elogiado ajustamento acomoda-se mal.

Mas a realidade não entorpece a desfaçatez. Portugal vai no bom caminho, dizem eles. Um bajula o mestre, o outro enaltece o súbdito cumpridor.

Cavaco Silva assiste; o que são desemprego, falências, miséria, comparados com a visão da carreta do bom gosto, santa à frente e boneco articulado atrás.

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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Alemanha dá emprego e tira vantagens do desemprego.

Alemanha escolhe mão-de-obra no desemprego que criou na Europa. Mai. 2013
Os enceradores de soalhos – guache de Malevitch

Espanha vai colocar 5000 jovens por ano no mercado de trabalho alemão.

A solução encontrada pelo governo de Mariano Rajoy para o desemprego jovem, que se cifra em 56% da população activa espanhola com menos de 25 anos, é emigrar. Também!

O movimento migratório de quadros desempregados europeus, para a Alemanha, obedece à estratégia de Ângela Merkel, de assim suprir as necessidades da sua economia. Há um ano (aqui) definiu esse plano e explanou-o numa reunião de líderes europeus em Bruxelas.

Dois meses antes (aqui) a preocupação do governo Merkel era de readmitir trabalhadores alemães já reformados, e seduzir os que estavam a atingir a idade da reforma a ficarem nas empresas, (com alguma flexibilidade laboral).

O desemprego na Europa, que a política de austeridade imposta pela Alemanha aumentou sobremaneira, serve os interesses alemães e só alemães. A circulação de jovens pelo mercado europeu de trabalho seria até vantajoso para os países de origem, se não fosse em massa, se feito na perspectiva de regresso, e numa realidade de economias mais equilibradas.

Mas o panorama das economias do sul não caminha para a estabilidade. A pós-troika independente e viável não existe - continuando na Zona Euro; com mais divida, juros mais altos, e menos economia, não vamos lá.

Quem sair da sua terra, não volta tão cedo e muitos jamais voltarão. Como dizia aqui há dois meses, a mobilidade faz-se num só sentido, desnatando de quadros os países do sul, quadros esses que custaram uma boa parte da divida desses países a formar. 

À Alemanha, fica-lhe bastante mais barato utilizar os quadros formados no estrangeiro, com o dinheiro dos contribuintes e dos pais dos jovens, das economias agora em dificuldades.

O Estado germânico está a ganhar com o afundamento de outras economias europeias. Sou dos convictos, de que Portugal não inverte a sua situação enquanto não sair do euro (AQUI).

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Banqueiros não se entendem. O confisco dos depósitos.

Resgate ao Chipre foi unânime no Europrupo. Mai.2013
 
Fernando Ulrich não está com outros banqueiros portugueses; não admite o movimento de contas de depósito para cofres e considerou “boa notícia” taxar depósitos acima de 100.000 euros.

Em entrevista ao Financial Times citada pelo Público, os presidentes do BCP e do BES alertam para o perigo da propagação de “vírus de Chipre”. Mostram-se preocupados com o corte (confisco) dos depósitos acima de 100.000 euros, feitos no Chipre, e suas repercussões na banca.

As declarações de líderes políticos europeus, sobre os resgates dos bancos, põem em causa a segurança dos depósitos bancários, depreende-se das palavras dos presidentes do BCP e do BES.

Já se sabia. No entanto, a apreensão não é geral na banca portuguesa, Fernando Ulrich, presidente do BPI, disse no início deste mês, que taxar depósitos acima de 100.000 euros, era “uma boa notícia”.

O BPI desmente ter afirmado ao Financial Times ter clientes a movimentar dinheiro de depósitos para cofres, é um sinal que o BPI não quer dar e percebe-se; Uma banca que não serve - nem para emprestar, nem para guardar o dinheiro e movimentá-lo, não serve para nada.

Muito dinheiro deve estar a mexer-se, (não para cofres) para fora de Portugal; as razões não serão apenas a insegurança nos depósitos, que está instalada, mas também a desconfiança por uma banca que, embora o Banco de Portugal diga ser segura, é notícia por incobráveis e toxicidades.

O sobre-endividamento das famílias e o desemprego em crescendo, as dividas das empresas e as falências a continuarem, não dão saúde à banca. 

Há um efeito boomerang, o mundo financeiro imaginava estar imune à crise, onde controla o poder político, mas o dinheiro não é elástico, quando falta muito falta para todos. Até os banqueiros vão perceber isso.

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domingo, 19 de maio de 2013

Sondagem. Mais de 80% contra a troika. Democracia já!

oclarinet.blogspot.com - Denunciar acordo com a troika. Mai.2013

Dos inquiridos pela Eurosondagem só 10,8% consideram que o memorando da troika deve ser cumprido.
41,5% Defendem a denúncia do memorando e 41% a sua renegociação.

A maioria política da Assembleia da República já não representa o desejo da maioria dos portugueses.

O presidente da República, eleito por 23,15% dos eleitores, também não interpreta o sentimento maioritário existente na sociedade portuguesa.

É hora de povo português voltar a votar para eleger um Parlamento representativo da sua vontade.

Eleições!

Em nome da Democracia!

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sábado, 18 de maio de 2013

M.Alegre. A esquerda em Portugal não serve para nada.

Manuel Alegre critica sectarismo das direcções partidárias. Mai. 2013

 Em entrevista de Manuel Alegre a Nuno Ramos de Almeida, no Jornal i, o ex-candidato presidencial tece algumas considerações sobre as dificuldades das esquerdas nacionais, em se unirem “à volta de alguns pontos concretos”.
Diz Manuel alegre: 

 «Temos o privilégio de ter a esquerda mais forte da Europa, mas a esquerda em Portugal não serve para nada. Isso é trágico e um dia destes vai ter consequências na própria democracia. O PC não quer entendimentos, o Bloco diz que sim mas não quer, o PS a mesma coisa. Há uma parte do PS que prefere mil vezes aliar--se à direita a aliar-se à esquerda. Em Caminha para as eleições autárquicas os dirigentes locais dos partidos de esquerda entenderam-se para uma lista, da direcção do BE e do PC veio uma contra-ordem. Acho que não se podem pôr condições a um diálogo. Não se podem impor condições a ninguém: nem o PS vai impor que o PC seja favorável a estar na União Europeia e na NATO, nem o PC e o BE podem pôr como condição que o PS rasgue com a troika. Não se pode querer um projecto global de sociedade, mas pode-se ter um acordo à volta de alguns pontos concretos em que estamos todos de acordo, como a defesa da escola pública e do Serviço Nacional de Saúde e outra política económica.»

Concordar ou não com Manuel Alegre, sobre estes pontos, depende das reais preocupações de cada um e do grau de sectarismo que se tem. Se o governo não cair até lá, as eleições autárquicas terão de causar uma derrota volumosa ao PSD e ao CDS. Se assim não for, constituirão um balão de oxigénio do governo.

Nas esquerdas parlamentares, em outras alturas menos graves, houve alianças autárquicas. Quem não milita nos partidos, estranha que não seja dada autonomia aos responsáveis locais para decidirem o que é mais proveitoso nas suas autarquias. Os partidos – bem ou mal - é que sabem o que querem representar. 

Há muito mais esquerda que a dos partidos, e muita crítica da incapacidade das organizações de esquerda. No entanto, perante a oportunidade de se constituírem listas de cidadãos independentes, para o poder autárquico, (até com militantes partidários mais avessos ao controleirismo), essas listas não aparecem em número que valide o proclamado anti-partidarismo.

Ou seja, para falar-se de esquerda inconsequente, ela é mais que a esquerda partidária. Para que as esquerdas sirvam para alguma coisa, é preciso estarem onde se faz organização e onde se disputa o poder. Estão pouco.

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Deputado do PSD escreve a Merkel.

Duarte Marques escreve a Merkel. Mai 2013

O jornal Público escreveu ontem uma notícia com pouco crédito, (falei dela AQUI) hoje desmente-a na primeira página acusando o governo alemão de dizer umas coisas em off e outras em on. O On-offre tem as costas largas quando se fazem interpretações abusivas do que se pensa ter ouvido ou lido.

O que vem na primeira página do Público de hoje é que a Chancelaria alemã emitiu um comunicado; “garantindo que Berlim apoia plenamente os programas de austeridade”. Não aconteceu nada. O Público errou ontem, como o jornal i de hoje. O El País (citado pelo Público e que eu já tinha lido) não fala em austeridade - ninguém falou em austeridade (pelos vistos). Tudo normal na anormalidade germânica.

À parte um pedido de rigor jornalístico, pois nem todos os leitores portugueses leem a imprensa internacional, regista-se um facto político notável:

- O deputado Duarte Marques, presidente da JSD e a fazer carreira para um dia ser candidato a primeiro-ministro deste país, apressou-se a escrever uma carta de censura à chanceler Ângela Merkel. Carta essa - vejam lá - baseada na “notícia do Público”. Para “apurar a verdade”; escreve Duarte Marques a certa altura:

“Esta recente desresponsabilização da Alemanha sobre o “património” da estratégia de austeridade que graça na Europa parece-me de um oportunismo político pouco habitual para as tradições alemãs e sobretudo, pouco digno para um país que, pela mão de Helmut Kohl, nunca sofreu de falta de coragem para assumir o interesse europeu e alemão – mesmo contra a opinião pública alemã. Kohl era de uma casta de estadistas que hoje escasseiam na Europa”. (fim de citação).

Se me é permitido um desabafo, diria que “oportunismo político” é coisa que não escasseia em Portugal, como se nota em Duarte Marques. Mais; a “casta de estadistas” que a JSD tem procriado também não é escassa, é mesmo descomunal – uma enormidade!

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Alemanha critica austeridade. Falsa notícia.

oclarinet. Alemanha contra austeridade da troika - querias.Mai.2013

Nada faz supor que a Alemanha tenha deixado de defender a austeridade, a não ser uma notícia (não confirmada por mais ninguém) do jornal Público, que diz:
 - “ Responsáveis alemães demarcam-se da austeridade imposta aos países periféricos”. O título refere a “austeridade das troikas” (!?).

O jornal português não identifica os “responsáveis alemães” que terão veiculado tais críticas. O que se sabe das autoridades germânicas, das suas declarações públicas - vai no sentido contrário da “notícia do Público”.

A Alemanha tem resistido a todas as pressões para ceder à imposição da política de austeridade, lembrando aos países europeus os compromissos que assumiram para reduzir os défices e estabilizar as dívidas.

As criticas alemãs de gestão errada da crise europeia - sejam pela troika, pela Comissão Europeia, ou pelo seu presidente Barroso - não podem ser entendidas como uma critica às medidas de austeridade. Durão Barroso criticou a “política de austeridade de inspiração alemã”, qualquer censura alemã a Barroso só por ingenuidade pode ser lida como um volte face na política alemã.

Aproximam-se as eleições na Alemanha, vai haver muito sound bite a correr pela Europa - para caçar votos germânicos. 

Como nós não votamos lá, são escusadas as campanhas cá.

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terça-feira, 14 de maio de 2013

Relatório, ou manifesto da OCDE? Quem governa isto?

Os portugueses têm de impedir a degradação do país. Mai.2013

Depois do relatório do FMI concebido a pedido do governo, outro da OCDE por igual combinação. É um governo aflito, incompetente e desnorteado, que procura socorro. O manifesto da OCDE podia chamar-se, “ Destruir o Estado Democrático e Promover o Crescimento do Desemprego e da Pobreza”, deram-lhe outro nome para iludir papalvos.

Quem redigiu o relatório e quem assim o encomendou sabe que não é exequível em democracia, sabe que é um manifesto para um Golpe de Estado e deve assumir as consequências.

É uma declaração de guerra aos trabalhadores de hoje, de ontem, e do futuro. Há leis, há partes e negociações nas relações laborais, há valores civilizacionais que não se podem continuar a degradar, há caminhos que não sejam as condições de trabalho do Bangladesh. Não é esse o ajuste que os portugueses aceitam.

Propor o congelamento do salário mínimo, propor que se reduzam ainda mais as indeminizações por despedimento, renegar a contratação colectiva e apontar a abolição das portarias de extensão, são um conjunto ideológico de atentados ao direito em vigor e aos acordos já firmados. A crise é uma oportunidade para o extremismo, mas vai haver resistência.

Querem mais tempo de trabalho por menos remuneração, a redução da protecção social e a constituição de um exército de desempregados prontos a aceitar qualquer trabalho por qualquer salário. Mas estão a esticar demasiado a corda.

Tornem os Sindicatos e a Concertação, obsoletos por irrelevância, aqui e lá fora, e vão ver a reacção dos povos.

A resposta à violência não vai ser a passividade.

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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Passos nega divergências com Portas. Todos mentem?

oclarinet.blogspot.com - Aldraba...Aldrabão...Aldraba..! Maio 2013

É já insuportável a falta de respeito do governo pelos portugueses. Passos Coelho nega em Madrid divergências no governo e as notícias com confirmações e desmentidos sobre a posição do CDS/Portas continuam.

A quem interessa esta falta de informação e objectividade, alguém vai lucrar com o arremesso de sound bites que só causam confusão? Cedeu não cedeu, dizem o mesmo quando ouvimos o contrário, está tudo bem quando vemos todos às turras. 

Clarificação precisa-se. O corte das pensões está no relatório da troika, é o que se sabe ao certo; o resto… (?)

No meio desta balbúrdia, o presidente Cavaco Silva convoca o Conselho de Estado para discutir o sexo dos anjos no pós-troika. 

Como nenhumas manobras de diversão alteram a realidade que os portugueses vivem - vão ter a resposta nas ruas. Cavaco e os outros.

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domingo, 12 de maio de 2013

Conselho de Ministros faz exame de redacção.

Acordo ou desacordo entre Portas e Passos Coelho. Mai 2013

  Está reunido mais um Conselho de Ministros extraordinário

Depois dos alunos do 4º ano, cabe hoje aos meninos Paulo Portas e Passos Coelho, reunidos na presença dos restantes membros do governo, fazer um teste de composição para levar ao júri de repetentes da troika.

Trata-se da 7ª avaliação, e sobre o texto a compor, a duas mãos, existem divergências; Passos quer escrever preto no branco “vai haver uma taxa sobre as pensões” e Paulo Portas faz birra para que seja escrito com tinta invisível, de maneira a poder mostrar aos portugueses que não consta da redacção.

A esta hora ainda não se sabe se chegaram a acordo. Entrou na sala do Conselho de ministros, um auxiliar de acção educativa com uma salva de limões, especula-se cá fora se será para fazer tinta invisível ou umas limonadas. 

Para chutos não deve ser, pois ainda não é hora de recreio.

Post Scriptum: Afinal os limões não foram nem para limonada nem para fazer tinta invisível;
 ....que grande chuto!

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sábado, 11 de maio de 2013

Vamos à bola.

Jogo Porto - Benfica. Mai.2013

Porto-Benfica em jogo decisivo, merece um intervalo na faina. O futebol é valorizado na nossa cultura, infelizmente mais que o Desporto; é o jogo - é do jogo.

Há noutros sítios mas sintetiza-se no futebol; o mistério do desfecho, a manifestação corporal, a matemática dos ensaios e os ajustes de palco, a cumplicidade com a plateia, a identidade com o actor, o seguimento do enredo, os bons e os maus em confronto e o desenlace, porque há sempre um desenlace – fatal como um epílogo – o remate sem bola do resultado.

Entretanto, como na vida, perdoa-se ao autor o truque e ao actor a queda e a canelada. Dá-se valor ao drible e almeja-se o lance mágico que dê golo e traga a vitória (pode ser o adversário a marcar na própria baliza – como um Portas a derrubar o seu governo), porque o que interessa é a mudança, o triunfo.

O futebol tem jogadores espetaculares que não se encontram na vida semanal das coisas comestíveis. Gente de sucesso económico nascida em berços de miséria, exemplos de uma lotaria que não andou à roda nem está à venda. 

Vê-se sorte no futebol, a rodos, a golos, até em apitos. Há lá coisa assim em outro lado.

Post Scriptum: O meu jogo foi ontem, O Desportivo de Chaves ganhou ao Académico de Viseu, para o apuramento do campeão da II Divisão. Para o jogo de hoje, servem as palavras já conhecidas do nosso treinador João Pinto, “prognósticos só no fim do jogo”. 

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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Motor engasgado.

oclarinet.blogspot.com - Exportações em queda.Mai. 2013

A recessão na zona euro está a condicionar as exportações portuguesas, e, pelo segundo mês consecutivo, a saída de bens nacionais para o estrangeiro está em queda.

Diminuíram em Março 2,8% e já tinham caído em Fevereiro 2,6%. Numa semana de más notícias; do anúncio de mais outro roubo aos pensionistas, da confirmação do aumento do desemprego e da destruição de postos de trabalho; no meio da politiquice na coligação e da impotência parlamentar, o único motor que arrasta a economia portuguesa, no entulho da recessão, está engasgado. 

Para ajudar ao desarranjo, os banqueiros, capitaneados pelo governador do Banco de Portugal, pedem mais flexibilidade laboral - entenda-se, corte nos salários e despedimentos – e o inebriante Ulrich do BPI, considera boa notícia o confisco de depósitos acima de 100 mil euros.

Tudo a concorrer para o desastre. A banca não ajuda o investimento e afugenta investidores; com os mercados externos a reduzirem-se e o consumo interno a sumir-se, onde se vai parar? 

Vai parar a mais malparado. 

Não é, Srs. Banqueiros...?

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Pensões vão diminuir 10%. Roubo retroactivo.

Roubo das pensões em mais 10% com efeitos retroactivos. Mai. 2013

Anunciado por Helder Rosalino em programa da SIC Notícias. Alteração da fórmula de cálculo leva à diminuição média de 10% das pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA). O roubo, segundo o secretário de estado da Administração Pública chegará a 740 milhões de euros, só na CGA. (SIC)

Bagão Félix - opa hostil e gratuita sobre os reformados. Mai.2013

Para Bagão Félix (clicar na imagem) o que o governo pretende fazer através do ministro das Finanças é “uma espécie de opa hostil e gratuita sobre as pensões dos reformados”.

(sem mais comentários)

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quarta-feira, 8 de maio de 2013

UE vai aplicar tarifas em painéis solares chineses.

UE. Tarifa anti-dumping para painéis solares chineses. Mai.2013

Em socorro da indústria alemã…

A Comissão Europeia vai apoiar o sector industrial da energia solar da Europa com medidas anti-dumping sobre os painéis solares da China, segundo a imprensa alemã (F.A.Z.) citando círculos de Bruxelas. Uma decisão sem precedentes.

A indústria fotovoltaica germânica passa por um declínio calamitoso, tendo no último ano falido 35% (um terço) das empresas do sector.

A China, agora com 65% da produção mundial, ultrapassou a Alemanha no fabrico de painéis solares, mas está acusada de dumping comercial pelos EUA e pela Europa. Os Estados Unidos já aplicam taxas alfandegárias.

Em Julho de 2012 foi apresentada a queixa formal por concorrência desleal, na origem da iniciativa anti-dumping da União Europeia. A média das taxas sobre estes produtos chineses deve ser de 46%, segundo a imprensa alemã. As anunciadas tarifas anti-dumping deverão começar a ser aplicadas em Junho deste ano.

A grande maioria dos painéis solares instalados na Europa já são “made in China”, as taxas aumentarão o preço da energia solar; torna por um lado mais cara uma energia limpa mas por outro defende a produção industrial europeia.

Suscita-me uma interrogação, sabendo que também há dumping dentro da União Europeia; se o sector industrial não fosse dominado pelos germânicos haveria lugar a tais medidas?

Pode-se concordar, como se pode concordar em a França socorrer a Peugeot; mas é difícil de engolir que Portugal não possa meter dinheiro nos Estaleiros de Viana do Castelo, para comprar aço e fabricar os barcos adjudicados.

As indústrias são todas europeias, mas há umas mais europeias que outras…

Coisas do Euro.

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terça-feira, 7 de maio de 2013

Grécia estaria fora de perigo se tivesse falido.

Deve a Alemanha sair do euro ou os países em crise.Mai. 2013

"Se a Grécia tivesse ido à falência na primavera de 2010, estaria hoje livre de perigo” (DW). Quem o afirma é o professor universitário Hans-Werner Sinn, presidente do Instituto IFO de Munique.

O presidente do instituto de pesquisa alemão sustenta que os países em crise deviam ter a oportunidade de abandonar a zona Euro, temporariamente, a fim de desvalorizar os seus preços e dividas. 

A discussão sobre a saída de Estados, da Zona Euro, tabu em Portugal até há umas semanas, faz-se na Alemanha com duas linhas críticas do modelo actual de solução da crise do euro. 

Por um lado, os que querem a saída da Alemanha, constituídos em partido (AFD – Alternative Fur Deutschland) para ir às próximas eleições gerais, e aqueles que querendo a continuação do euro e da Alemanha no euro, vêm como solução para a crise a saída de alguns países (Portugal incluído) da moeda única.

O Jornal de Negócios (JNeg) publica hoje uma resposta de Hans-Werner Sinn ao investidor George Soros, cuja posição alinha em parte com o AFD. No artigo, titulado Deve a Alemanha sair do euro?”, o investigador admite que “se a Alemanha deixasse a moeda única, o regresso à competitividade seria mais fácil para os países do sul, já que o euro que restava iria sentir uma desvalorização”. Diz no entanto que os países em crise continuariam com o problema de se manterem numa zona com nações mais competitivas.

No último sábado, em entrevista ao El País, Hans-Werner Sinn, colocava três alternativas: 1 - A desvalorização interna no sul; 2 – desvalorização interna do sul através de uma expansão do norte, 3 – saída do euro de alguns países. 

Adiantava que “o mais provável é uma combinação dessas três” e que Espanha, Portugal e Grécia necessitam de uma desvalorização interna de 30%; França, de 20%; Itália um corte de preços de 10%, enquanto a Alemanha deve encarecer 20%.

No artigo citado do J Neg, Hans-Werner diz que “os países em crise não seriam poupados a uma dolorosa contenção sempre que permanecessem numa união monetária que inclui nações competitivas. A única forma de evitá-las seria que elas próprias saíssem do euro e desvalorizassem as suas moedas. Mas, até agora, não parecem dispostas a seguir tal caminho”.

Por cá, já há mais gente disposta a seguir tal caminho.

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domingo, 5 de maio de 2013

Divergências de Portas. O talento no pântano.

Satisfatório para o CDS - PP impossíveis para o país. Mai.2013

Governo às turras no pântano. Paulo Portas reedita discurso de polícia bom num governo sem coesão. Portas opõe-se à taxa sobre as pensões; é a medida que deixam cair para impingir todas as outras. Já não enganam ninguém. Em 2012 chamaram modulação às medidas suplementares de agora; chegámos aqui.

Já por aqui se escreveu: “Portas quer tirar o cavalo da chuva”. “Mais uma tentativa de descolar o CDS da imagem degradada do governo”. “O CDS é co-responsável das opções do executivo”. “O próprio ministério de andar lá por fora, de Portas, tem servido apenas para este tentar passar despercebido”. Etc.

Portas, em Setembro de 2012, desculpava-se. Que “defendeu outros caminhos” que tinha outra “opinião”. Volta a desempenhar o mesmo papel, viabilizar o governo e aparecer como crítico. O CDS/PP não vai bloquear as decisões que criam a espiral recessiva, as falências, a emigração e o desemprego.

Não é da toca de Portas, nem da toca de Cavaco, que sai o furão para caçar o Coelho.

Já se previa.

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sábado, 4 de maio de 2013

Sair do euro a bem, ou a mal.


Está em causa a permanência no Euro. Mai 2013

Recomenda-se a leitura da entrevista de Nuno Ramos de Almeida ao Professor João Ferreira do Amaral. No jornal i de hoje (AQUI).

Se para Passos Coelho “está em causa a permanência no euro”, como afirmou ontem; para João Ferreira do Amaral “Só há duas hipóteses, sair do euro a bem - ou a mal”.

É a discussão.

Nota: A entrevista de João Ferreira do Amaral à TVI 24 sobre o tema está AQUI.

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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Com a queda do governo o corte será nos sacrifícios.

Cortes nos salários e pensões mais recessão e desemprego.Mai.2013

As medidas anunciadas por Passos Coelho significam menos dinheiro na economia e mais recessão.

O corte nas pensões e salários, as únicas medidas que o governo concebe para reduzir a despesa, não têm em conta a realidade económica das famílias, com filhos e netos desempregados suportados pelas pensões dos mais idosos.

É um governo fraccionado e descredibilizado que quer enganar os credores e os portugueses. Não vamos atingir qualquer objectivo senão destruir o resto da economia. No euro ou fora do euro a dívida não vai ser paga nos moldes dos acordos actuais.

Não há ajustamento sem produto. A competitividade, a produção e o emprego sem sairmos do euro não se vislumbra, resta uma crença numa Europa solidária que não existe, para um Portugal subsídio-dependente.

Só a queda deste governo poderá cortar os sacrifícios que não servem para nada. Cabe aos sindicatos (e a uma outra UGT) representativos dos trabalhadores afectados, lutar pela falência das intenções do governo. O povo em geral só pode juntar-se à luta, contra a liquidação dos serviços públicos e o empobrecimento geral.

Não há lugar para negociações, é tempo de ruptura política que ruptura social já existe. O agravamento da penúria e decadência não é aceitável, exige-se um novo quadro político.

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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Coelhos e coelhinhos.

Gráfico. Mai 2013
 
Com o rigor científico possível, quando uma coelha não desova estamos com um problema aviário. Hoje, era mais um dia anunciado para o governo dar à luz as medidas concretas do Documento de Estratégia Orçamental (DEO). Abortaram (outra vez).

Os abortos nos Conselhos de Ministros já são um método anticoncepcional, ali nada nasce como previsto, só germinam novos conselhos de ministros. Silva Pereira traduziu o fenómeno com um slogan publicitário do tempo de Salazar, (adaptado): “Pare, escute e olhe, um conselho de ministros pode esconder outro”. 

Do tempo de Salazar, são também decalcadas as medidas pseudo-salvadoras das finanças e o coerente empobrecimento dos portugueses. Em democracia (mesmo de baixa intensidade) como existe hoje, a coragem dos salazarentos é curta; precisam por isso de lançar na opinião pública ensaios de medidas.

As fugas orientadas de possíveis medidas do governo andam por aí, amontoadas pela ninhada de serviço. Idade da reforma, aumento do horário de trabalho, etc e tal. São preparação psicológica e avaliação de reacções. As medidas, segundo o jornal Público serão anunciadas na sexta -feira, antes, o ministro da presidência tinha dito ser "esta semana".

No entanto, todas as sugeridas provocam mais desemprego jovem, o que é incrível nos tempos (europeus) de hoje. De figuras decorativas como Herman Van Rompuy e Durão Barroso, até políticos no activo, como Hollande ou Enrico Letta, ou até o Papa; todos andam preocupados com o desemprego jovem na Europa. Diz-se que é o objetivo do Conselho Europeu de Junho.

Portugal não segue a inquietação, tem o governo e o presidente mais retrógrados da nossa democracia, somos humilhantemente representados.

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Como habitual no início do mês os títulos mais lidos no mês anterior.

Para além dos artigos lidos no blogue, 3 vídeos (koclarinet) editados no Youtube tiveram em Abril, 6.000 minutos de visualização: “Vítor Gaspar ministro da das finanças da troika” 715 visitas; “João Ferreira do Amaral – sair do euro” 582 visitas e “Adeus Gaspar. Em dez minutos” 83 visitas, (fora do blogue).

Aqui, por ordem:

10/04 – João Ferreira do Amaral, sair do euro, a entrevista.

02/04 – Álvaro, Relvas e tagarela, resolvem desemprego jovem. 

15/04 – Vítor Gaspar ministro das Finanças da Troika.

09/04 – Gaspar manda o Estado gastar mais.

12/04 – Ir aos mercados? Portugal desenganado pela troika.

05/04 – Tribunal Constitucional empurra governo para a rua.

06/04 – Adeus Gaspar. Em Dez Segundos.

25/04 – Discurso do 25 de abril. Obrigado Cavaco Silva. 

21/04 – Alemanha apoia confisco de depósitos bancários.

15/04 – A Europa impede o sucesso de Portugal.

 (clicar nos textos a cor para ler os artigos)

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