terça-feira, 7 de maio de 2013
Grécia estaria fora de perigo se tivesse falido.
"Se a Grécia tivesse ido à falência na primavera de 2010, estaria hoje livre de perigo” (DW). Quem o afirma é o professor universitário Hans-Werner Sinn, presidente do Instituto IFO de Munique.
O presidente do instituto de pesquisa alemão sustenta que os países em crise deviam ter a oportunidade de abandonar a zona Euro, temporariamente, a fim de desvalorizar os seus preços e dividas.
A discussão sobre a saída de Estados, da Zona Euro, tabu em Portugal até há umas semanas, faz-se na Alemanha com duas linhas críticas do modelo actual de solução da crise do euro.
Por um lado, os que querem a saída da Alemanha, constituídos em partido (AFD – Alternative Fur Deutschland) para ir às próximas eleições gerais, e aqueles que querendo a continuação do euro e da Alemanha no euro, vêm como solução para a crise a saída de alguns países (Portugal incluído) da moeda única.
O Jornal de Negócios (JNeg) publica hoje uma resposta de Hans-Werner Sinn ao investidor George Soros, cuja posição alinha em parte com o AFD. No artigo, titulado “Deve a Alemanha sair do euro?”, o investigador admite que “se a Alemanha deixasse a moeda única, o regresso à competitividade seria mais fácil para os países do sul, já que o euro que restava iria sentir uma desvalorização”. Diz no entanto que os países em crise continuariam com o problema de se manterem numa zona com nações mais competitivas.
No último sábado, em entrevista ao El País, Hans-Werner Sinn, colocava três alternativas: 1 - A desvalorização interna no sul; 2 – desvalorização interna do sul através de uma expansão do norte, 3 – saída do euro de alguns países.
Adiantava que “o mais provável é uma combinação dessas três” e que Espanha, Portugal e Grécia necessitam de uma desvalorização interna de 30%; França, de 20%; Itália um corte de preços de 10%, enquanto a Alemanha deve encarecer 20%.
No artigo citado do J Neg, Hans-Werner diz que “os países em crise não seriam poupados a uma dolorosa contenção sempre que permanecessem numa união monetária que inclui nações competitivas. A única forma de evitá-las seria que elas próprias saíssem do euro e desvalorizassem as suas moedas. Mas, até agora, não parecem dispostas a seguir tal caminho”.
Por cá, já há mais gente disposta a seguir tal caminho.
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1 comentário:
Andou-se uma semana a falar da saída do euro mas parece que se voltou ao tabu, não interessa a quem está bem e são eles que controlam tudo.
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