sábado, 20 de abril de 2013

Itália. Giorgio Napolitano reeleito na 6ª votação.

Giorgio Napolitano reeleito presidente de Itália.Abr.2013

O Presidente da Itália, Giorgio Napolitano, acaba de ser reeleito pelo parlamento para um segundo mandato.

Impasse italiano resolvido em parte, após cenas rocambolescas que puseram a nu a crise política em que a Itália caiu, com os resultados das eleições para o Senado e para o Parlamento.

Só na sexta votação e com uma solução de recurso, a Itália conseguiu eleger um presidente da República. 

Eleito pelos senadores, deputados e delegados das regiões, num total de 1007 votantes, precisava nas três primeiras votações de atingir uma maioria de dois terços (672 votos) nas seguintes maioria simples (504 votos).

Franco Marini, 80 anos, proposto pelo seu Partido Democrático (PD) maioritário, teve na primeira votação 521 votos. A candidatura resultava do acordo entre o PD, de Luigi Bersani e o Partido da Liberdade (PDL) de Berlusconi. 

Eleitores da coligação de esquerda votaram contra Marini, não foi eleito. O impasse manteve-se com abstenções na 2ª e 3ª votação – nesta, Stefano Rodotà, apoiado por Beppe Grillo obteve 250 votos, longe dos 672 necessários.

Para a 4ª ronda, Bersani apresentou Romano Prodi, ex-primeiro-ministro e antigo presidente da União Europeia; teve 395 votos dos 504 necessários e Stefano Rodotà 213. Nesta ronda só votaram 732 dos 1.007 eleitores.

Hoje, na votação da manhã (a 5ª) Rodotà conseguiu 210 votos. A maioria optou pelo voto em branco (445) enquanto se aguardava por uma saída para a crise; concretizada na confirmação pelo PD de que tinha sido feito um pedido a Giorgio Napolitano para se recandidatar.

Giorgio Napolitano eleito presidente de Itália. Abr. 2013 

A resposta positiva de Napolitano chegou cerca das 14.30 h locais. Estava eleito às 18.15 horas, vindo a obter 738 votos, contra 217 de Stefano Rodotà.

Com o presidente eleito, sobra uma crise nos partidos, particularmente no PD, com Luigi Bersani demissionário e a minoria interna a afirmar-se possivelmente como a nova classe dirigente, mas, de certeza, sem o PD para dirigir. Mas sobre isso e o embaraço governamental que não está resolvido em Itália se falará quando a poeira de hoje assentar um pouco. 

Para já, vencedor de todas as tácticas imaturas e suicidárias da esquerda, é Berlusconi.

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