quarta-feira, 17 de abril de 2013
Guardar o dinheiro no carro em vez de no colchão.
Seguro vai escrever a Portas? Louçã vai escrever a Seguro?
Portugal entre os únicos quatro países da EU onde a venda de carros aumentou.
Embora pareça um contra-senso num país a viver em austeridade rigorosa, o investimento em carro novo compreende-se; por duas razões.
Primeiro, os bancos deixaram de ser seguros após a inteligência do Eurogrupo ter ido aos depósitos dos cipriotas; podem afirmar mil vezes que não é para replicar noutros Estados, que a desconfiança de quem tem dinheiro está instalada.
Segundo, já haverá quem tenha assumido que Portugal deixará a Zona Euro, brevemente, em princípio empurrado pelas circunstâncias. Nessa situação os bens importados sofrerão um aumento imediato de preço. A maioria dos portugueses não tem agora euros para mudar de carro usado para outro carro usado, mas muitos há que podem comprar carro novo para usar por muito tempo.
O endividamento do país vai continuar a aumentar, como o falhanço troiko do controle do défice; o Estado vai ter receitas inferiores as despesas e a agravar-se, com a destruição da economia e respectivo aumento do desemprego; com os juros a pesar sobremaneira no aumento da dívida e sem perspectiva de crescimento estamos sem saída. Sem saída que não seja sair do euro.
Há no entanto quem acredite, de Francisco Louçã a João Salgueiro, na capacidade dos países do sul da Europa, em inverterem a política da União Europeia. Acreditam que vai ser possível rasgar o Tratado de Lisboa, que o Conselho Europeu não seja só a Alemanha e que voltará um dia a Coesão Económica e Social. Quem acredite nisso, faz asneira em investir em bens duradouros o dinheiro que precisa para outras coisas, incluindo para aforrar.
As encenações não alteram a realidade, nem o governo nem o PSD têm solução para Portugal ou que influencie positivamente a Europa, Seguro devia reunir com Portas para fazer algo útil de imediato, Louçã devia escrever a Seguro pela mesma razão.
Querem continuar no Euro mas não estão a fazer por isso, falta encenação.
Pois - nós sabemos - a encenação não altera a realidade.
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