terça-feira, 27 de maio de 2014

António Costa agita o pântano.

António Costa vai encontrar resistências. Mai.2014
 
Entre a primeira volta das legislativas, que foram as europeias, e a segunda parte, prometem-se mexidas nas equipas e revolução no balneário. António Costa avança para a liderança do PS.

Altera tudo.

Quando em Janeiro de 2013, António Costa simulou a vontade de tomar o poder no PS, conseguiu parar o empenho saneador interno e posicionar-se. Sabia que o aparelho do PS, controlado por Seguro, não lhe daria qualquer hipótese de sucesso. Contou apoios e esperou por melhores dias, ou seja, dias piores para o partido.

O tempo que deu a Seguro para descolar dos empates técnicos com os partidos do governo acabou no resultado das europeias. O que o PS de Seguro tem para oferecer ao país, em 2015, é a participação num governo de “bloco central”. Só uma dinâmica vencedora, que Costa está bem colocado para desenvolver, pode alterar a rota pastosa socialista até às legislativas.

O sucedido em Itália, com o Partido Democrático é elucidativo, ganharam e nem a abstenção subiu. Mas o êxito italiano é também um problema para o actual presidente da Câmara de Lisboa; António Costa defende directas abertas nos partidos, (que salvou o centro esquerda italiano) e isso é uma atitude que os aparelhos partidários toleram mal.

Entre as blindagens estatutárias que António José Seguro inventou para ir a eleições em 2015, e a vontade dos militantes do PS, joga-se o futuro do próximo governo.

Costa tem coragem e uma tarefa difícil, é-lhe mais complicado ganhar o PS que ganhar o país.

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