quarta-feira, 21 de maio de 2014
Direita ganha terreno, eurocépticos triplicam.
Sondagem. Os partidos eurocépticos poderão chegar a uma centena de eurodeputados. Os socialistas (S&D) não alcançam o Partido Popular Europeu (PPE) por 16 lugares.
Nas últimas sondagens antes das eleições para o Parlamento Europeu do centro Poll Watch, o centro-direita aumentou a vantagem em relação ao centro-esquerda: a projecção dá ao grupo do Partido Popular Europeu (PPE) 29%, ou seja, 217 eurodeputados e 27%, ou seja, 201 deputados, ao grupo Socialistas e Democratas (S&D).
O Parlamento Europeu que resultará das próximas eleições, pelas estimativas, será péssimo para a necessidade de Portugal tomar decisões orçamentais.
Quanto mais PPE, maior vai ser a pressão para seguir as regras impossíveis de cumprir do Tratado Orçamental. Os abstencionistas portugueses deviam pôr os olhos na realidade, em vez de cantar vitória por serem muitos e na prática ajudarem a eleger a direita. Mas não há nada a fazer…não entendem que abster-se é uma forma de votar, de votar no mais votado.
Por cá a campanha é desinteressante, infantil até. Ninguém discute a Europa, nem aqueles que falam em discutir a Europa. O debate da Europa para os portugueses é a saída do euro, tema tabu para todos os partidos parlamentares, sem excepção. A CDU quer mais um deputado e isso basta-lhe, o BE está numa onda cerebral que não se consegue surfar, e o PS acha que o deixam repor um pouco do roubado pelo governo e pela troika, (apesar do estúpido Tratado Orçamental).
Pelos vistos, a vida dos portugueses ainda vai piorar antes de haver uma percepção da gravidade da situação.
Uma boa notícia, que estas coisas desembaraçam-se na televisão; Medina Carreira, que não acreditava haver em Portugal quem ponha mão num governo, já disse no último “olhos nos olhos” da TVI 24 (com João Ferreira do Amaral) a frase: “Tendo a crer que uma solução era a saída do euro”.
Eu digo: “Tendo a crer que isto é tão…compreensão lenta”.
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1 comentário:
O PC e o BE, na campanha eleitoral só têm atacado o PS, como se nos últimos três anos não tivesse havido um governo, o mais à direita da democracia.
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