terça-feira, 6 de maio de 2014
Zona Euro – O pior de dois mundos.
O professor Thomas Piketty, economista especializado em desigualdade económica, e próximo do PS francês, diz em coluna do jornal Público que “as actuais instituições da Europa são disfuncionais”. Para Piketty “necessitam de ser reconstruidas”.
Reconstruir as instituições europeias, ou “reformar a Europa” é um projecto comum aos maiores partidos portugueses, da direita do euro à esquerda euro-socialista e euro-comunista. A grande maioria dos portugueses que vai votar nas eleições europeias – vota portanto, pela reforma da Europa. Será que os eleitores acreditam que esta Europa é reformável?
Para Piketty, “a questão central é simples: a democracia e as autoridades públicas têm de ser activadas para recuperar o controle e efectivamente regular o capitalismo financeiro globalizado do século XXI”. Central é! Mas alguém acredita que as instituições europeias se vão reformar no sentido de “regular o capitalismo financeiro”?
O economista repisa o que já devia ser consensual; “Uma única moeda com 18 diferentes dívidas públicas, com as quais os mercados podem especular livremente, e 18 sistemas de impostos e benefícios fiscais em permanente rivalidade entre si, não estão a funcionar, nem nunca funcionarão. Os países da zona euro escolheram partilhar a sua soberania monetária, e portanto alienaram a sua arma da desvalorização unilateral, mas fizeram-no sem desenvolver novos instrumentos económicos, fiscais e orçamentais. Esta terra de ninguém é o pior de dois mundos.”
Em terra de ninguém, ninguém contrata arquitectos, nada se reforma. É preciso recuperar os instrumentos da política económica, largando a “Europa disfuncional”, sair do euro.
Alguém acredita que vai haver mais europeístas nas instituições da União Europeia, após as próximas eleições?
Votar nas Europeias? Só para ralar a percentagem do PSD/CDS!
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