terça-feira, 13 de novembro de 2012
Amanhã 14 de Novembro. Greve Geral.
A visita de Ângela Merkel tinha uma missão essencial na política interna portuguesa; não era só o apoio público à política de Passos Coelho, coisa tão esperada como a mentira de que a aplicação do Memorando está a ser um sucesso e resolverá os problemas da economia nacional.
A única tarefa política de relevo que Merkel terá tido, foi convencer Cavaco Silva de que a Alemanha não faltará com o seu apoio, caso a execução orçamental corra mal. Todos sabem das dificuldades (impossibilidades) da execução orçamental para 2013, para mais com rectificativos que aprofundarão a recessão.
Cavaco Silva elegeu o apoio da Alemanha perante o falhanço das medidas governamentais, como suporte da situação política interna. Se Ângela Merkel promete auxílio mesmo que as metas do governo não sejam alcançadas, Cavaco mantém Passos Coelho a governar por muitos e maus anos.
O que deixa aos portugueses a perspectiva de uma viagem grega por anos de recessão e de destruição do país. É nessas condições que os protestos, manifestações e greves também devem ser entendidos.
Dizem que os protestos contra Merkel foram fracos, mas são a notícia nos jornais alemães. Como dizia um jornalista alemão ontem na TV, “Merkel não disse nada de importante, depois da manifestação dos militares estamos aqui para cobrir os protestos”. E continuam por aqui para relatar a greve geral.
A greve geral de amanhã é uma marca em Portugal e na Europa das dificuldades, é particularmente difícil para quem a faz em período de escassez de rendimentos, mas é realizada na altura que mais se justifica.
Quanto mais parar o país, mais forte será a posição dos trabalhadores.
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1 comentário:
Uma vergonha a posição de João Proença da UGT.
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