(Nicolau Breyner é ou não candidato?) *
A direita “eurocéptica” aposta no actor e realizador Nicolau Breyner como candidato às eleições europeias. Segundo a notícia, a candidatura será de uma coligação de pequenos partidos que incluirá a Nova Democracia (PND).
Quanto a outros pequenos partidos - como o PCP que parece ser contra o euro mas não quer que se saiba (!?), ou ainda a tendência crítica da moeda única dentro do Bloco de Esquerda - calcula-se que não farão parte desta coligação (nem de qualquer outra, para manter a castidade).
Assim vai a estratégia das esquerdas; entre eurocomunistas e neo-reformistas da União Europeia, deixam que a incompatibilidade nacional com o euro seja capitalizada pela direita. Direita que por essa Europa fora capturou as bandeiras sociais da esquerda, enquanto esta ocupou todo o tempo a recrear-se com temas secundários.
Resta à esquerda parlamentar a guerrinha eleitoralista entre ela, os ataques entre claques nas redes sociais, as desculpas e passa-culpas do chumbo do PEC4 e da vinda da troika, o ressuscitar de Sócrates e do argumentário que colocou Passos Coelho no poder.
Nicolau é um bom candidato. É difícil acusá-lo de querer um tacho na política europeia; a manter a coerência de Serpa, não mete lá os pés.
Aquilo que temia e disse-o em vários comentários; que a saída do euro, perante a cobardia da esquerda, acabaria por ser uma bandeira aproveitada por organizações de direita, está aí.
É a política que temos, passatempos entre o mete nojo e o acho graça.
Um vazio.
Post Scriptum: *Corre por aí que Nicolau Breyner desmente ser candidato; a ser assim, deixou-se usar na promoção publicitária desta campanha. Ou foi o realizador do enredo, ou limitou-se a fazer o papel de lebre, coisa fácil para um actor de Serpa.
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