terça-feira, 11 de março de 2014
70 Personalidades mais um. Saída falsa.
Passos Coelho tem medo do manifesto subscrito por 70 personalidades de diversos quadrantes políticos.
Primeiro-ministro reage duramente ao manifesto que pede a reestruturação da dívida. Passos diz que o manifesto “envia a mensagem errada aos que confiam no país”. É na troika e nos “mercados” que pensa Passos Coelho, não é no país.
O país sabe que não é possível pagar a dívida nestas condições sem acabar com o país, o próprio Cavaco Silva criou a ficção de um crescimento nominal do produto da ordem dos 4 por cento e taxa de juro semelhante, para lá por volta de 2035 chegarmos aos famigerados 60% da dívida.
Mais duas décadas de austeridade, com crescimentos que já não temos há 40 anos e impossíveis de atingir com Portugal na Zona Euro.
Para Passos Coelho a reestruturação da dívida é tabu, para os 70 será tabu discutir a saída do euro. Sabemos que não é para todos, que para alguns apelar à reestruturação da dívida é o passo que pode ser dado em comum com personalidades de lugares tão distantes como Ferreira Leite e Louçã.
Mas, sendo inevitável a reestruturação da dívida portuguesa, sendo justo lembrar a solidariedade com a Alemanha no pós-guerra, não se sabe o que é uma “reestruturação responsável” no “espaço institucional europeu”. Não se sabe que “espaço institucional europeu” os 70 vêm na Europa.
Todos estarão de acordo com o manifesto, de que Portugal “não vai contornar sozinho o problema do excesso de endividamento, já que perdeu a soberania monetária e cambial para intervir na economia”.
E recuperar a soberania monetária e cambial para intervir na economia? Sair do euro! Passar dificuldades por poucos anos, em vez da eternidade de austeridade oferecida. Não é para este manifesto!
Falar em sair do euro é capaz de enviar “a mensagem errada aos que confiam no país”.
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