quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Enganar os mercados é mais fácil que enganar a fome?
A propaganda diz que a propaganda deu resultado, só pode ser propaganda.
Com o efeito BCE; protegido, pré combinado e sem riscos de maior, ir aos mercados colocar dívida a cinco anos foi um pró-forma. Não haverá juros convenientes enquanto as agências de rating continuarem a classificar Portugal como “lixo”.
É um episódio da novela do financiamento do BCE que custou mais que os comprados à troika; faz parte do enredo dar umas alcavalas aos mercados para ir buscar a parte do leão ao BCE. Se o serviço da dívida actual come o que os cortes rendem, a ida aos mercados tem este incidente, o chamado “primeiro passo” e parou. Novo passo depende do rumo da crise europeia e por consequência do Banco Central Europeu.
O que o governo podia fazer para ir aos mercados não fez, a divida em 120% do PIB é impagável e montada numa espiral recessiva é imparável. Nem enganam os mercados nem enganam os portugueses que sentem a crise, e são mais a senti-la, mais intensa, cada dia que passa.
A economia foi paralisada pela política do governo, clientes que me queriam pagar dizem que não há “dinheiro a entrar” e daqui não há dinheiro a sair nem para os meus fornecedores nem para o fisco. Vai ser a história de 2013 para a grande maioria das empresas.
A dose de austeridade está a matar a economia do país e a levar fome à casa dos portugueses. No meio deste desmando falar nos números da execução orçamental, em derrapagens e desequilíbrios, défices e medidas extraordinárias, receitas fiscais e cortes de despesa é já absurdo.
Portugal, o país e a sua gente, precisam de uma só medida, que se tire depressa o brinquedo da mão desta garotada.
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