domingo, 13 de janeiro de 2013
História da Alma.
Meia-noite. Frio. Frio em tudo
E mais frio que em tudo, frio na Alma
A Noite grande e aberta... a Alma grande e aberta...
Infinitamente frias...
No alto a noite má seguia a Alma que vagava
Enregelada e nua entre todas as almas
Seguia a Alma presa
Presa por todos os lados
A Alma caminhava e a noite caminhava com ela
A Alma fugia e a noite perseguia a Alma
E a Alma parava. Então a noite também parava
E mandava um frio mais frio do que a Alma
E a Alma já fria tornava a caminhar
E a noite vinha e perseguia a Alma
E a Alma parava... e a Alma parava...
E chorando ajoelhada pedia perdão...
Vinícius de Moraes
Para ver últimos posts clicar em - página inicial
Etiquetas:
carlos mesquita,
História da Alma,
poemas,
Vinicios de Moraes
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário