Os enceradores de soalhos – guache de Malevitch
Espanha vai colocar 5000 jovens por ano no mercado de trabalho alemão.
A solução encontrada pelo governo de Mariano Rajoy para o desemprego jovem, que se cifra em 56% da população activa espanhola com menos de 25 anos, é emigrar. Também!
O movimento migratório de quadros desempregados europeus, para a Alemanha, obedece à estratégia de Ângela Merkel, de assim suprir as necessidades da sua economia. Há um ano (aqui) definiu esse plano e explanou-o numa reunião de líderes europeus em Bruxelas.
Dois meses antes (aqui) a preocupação do governo Merkel era de readmitir trabalhadores alemães já reformados, e seduzir os que estavam a atingir a idade da reforma a ficarem nas empresas, (com alguma flexibilidade laboral).
O desemprego na Europa, que a política de austeridade imposta pela Alemanha aumentou sobremaneira, serve os interesses alemães e só alemães. A circulação de jovens pelo mercado europeu de trabalho seria até vantajoso para os países de origem, se não fosse em massa, se feito na perspectiva de regresso, e numa realidade de economias mais equilibradas.
Mas o panorama das economias do sul não caminha para a estabilidade. A pós-troika independente e viável não existe - continuando na Zona Euro; com mais divida, juros mais altos, e menos economia, não vamos lá.
Quem sair da sua terra, não volta tão cedo e muitos jamais voltarão. Como dizia aqui há dois meses, a mobilidade faz-se num só sentido, desnatando de quadros os países do sul, quadros esses que custaram uma boa parte da divida desses países a formar.
À Alemanha, fica-lhe bastante mais barato utilizar os quadros formados no estrangeiro, com o dinheiro dos contribuintes e dos pais dos jovens, das economias agora em dificuldades.
O Estado germânico está a ganhar com o afundamento de outras economias europeias. Sou dos convictos, de que Portugal não inverte a sua situação enquanto não sair do euro (AQUI).
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2 comentários:
Levam os juros agiotas dos empréstimos, levam os depósitos acima de 100mil euros, levam os jovens e quadros, e agora há um banco alemão que vai entrar no capital das PMEs portuguesas e espanholas. Sem Panzers, só com a ajuda de uns traidores no governo e em Belém.
Em boa verdade, o que a Germânia está a fazer é o que Hitler fez durante a Segunda Grande Guerra e não tem a despesa do transporte.
Desta vez fica-lhe mais em conta usar a burla da União Europeia/IV Reich para tentar repetir a sua ambição de dominar toda a Europa.
O mais grave é se chega a ter autoridade sobre a nossa fachada atlântica e, agora, para isso tem aqui um governo completamente servil.
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