terça-feira, 14 de maio de 2013

Relatório, ou manifesto da OCDE? Quem governa isto?

Os portugueses têm de impedir a degradação do país. Mai.2013

Depois do relatório do FMI concebido a pedido do governo, outro da OCDE por igual combinação. É um governo aflito, incompetente e desnorteado, que procura socorro. O manifesto da OCDE podia chamar-se, “ Destruir o Estado Democrático e Promover o Crescimento do Desemprego e da Pobreza”, deram-lhe outro nome para iludir papalvos.

Quem redigiu o relatório e quem assim o encomendou sabe que não é exequível em democracia, sabe que é um manifesto para um Golpe de Estado e deve assumir as consequências.

É uma declaração de guerra aos trabalhadores de hoje, de ontem, e do futuro. Há leis, há partes e negociações nas relações laborais, há valores civilizacionais que não se podem continuar a degradar, há caminhos que não sejam as condições de trabalho do Bangladesh. Não é esse o ajuste que os portugueses aceitam.

Propor o congelamento do salário mínimo, propor que se reduzam ainda mais as indeminizações por despedimento, renegar a contratação colectiva e apontar a abolição das portarias de extensão, são um conjunto ideológico de atentados ao direito em vigor e aos acordos já firmados. A crise é uma oportunidade para o extremismo, mas vai haver resistência.

Querem mais tempo de trabalho por menos remuneração, a redução da protecção social e a constituição de um exército de desempregados prontos a aceitar qualquer trabalho por qualquer salário. Mas estão a esticar demasiado a corda.

Tornem os Sindicatos e a Concertação, obsoletos por irrelevância, aqui e lá fora, e vão ver a reacção dos povos.

A resposta à violência não vai ser a passividade.

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3 comentários:

Anónimo disse...

Tristemente verdade. Como também o é o facto de os sindicatos já estarem imbuídos há muito da maior doença de Portugal nos últimos 150 anos: a "Funcionaritite Publicus" aguda. Eu clarifico. faço parte do quase milhão de desmpregados do sector privado que começaram a ir para a rua em 2008. Eu fui em 2009. Mas só agora, não por causa do do quase milhão que está na rua há vários anos,é que os sindicatos saíram para a rua numa maifestação conjunta e gigantesca. Só agora quando as regalias do funcionários públicos e reformados do estado começaram a ver as suas regalias em risco, é que os sindicatos levantaram o cú da cadeira. Tarde e a más horas, pois só revelaram e comprovaram- para minha enorme tristeza - algo de que eu suspeitava e comentava já em 1984 quando era montador gráfico do extinto Diário de Lisboa: em Portugal há duas castas, uma elevada do funcionalismo público eoutra mais pobre e marginal do sector privado. é triste ver que a promiscuidade de Estado/partidos/jurisprudência e todo o lobbyismo que os acompanha há quase 40 anos..também já contaminou as centrais sindicais.

paulo mesquita
desempregado desde Julho de 2009.

Anónimo disse...

A OCDE diz que o ajustamento dos empregos é feito pelos trabalhadores temporários,o que contribui para as desigualdades.

Quer dizer,igualar os empregos, pelo estatuto dos trabalhadores sem direitos. Lata.

Carlos Leça da Veiga disse...

Se não forem os militares a querer colocar um ponto final nesta política desastrosa não vejo quem queira e possa fazê-lo. Se a População vitoriou os militares do 25 de Abril, agora, deve incitar a geração actual a atacar a corja e, também, garantir-lhes que está com eles. Para salvar a Democracia e o País é necessário usar as armas possíveis.