domingo, 23 de junho de 2013

O PSD ainda existe?

PSD quer passar impune. Jun.2013

(Talvez a vitória da extrema direita em França...)

O PSD deixou há muito de aparecer nos meios de informação normais e nos alternativos. Parece que o governo, contra o qual há uma oposição generalizada, nasceu de geração espontânea.

Com a aproximação de eleições autárquicas, vários dos candidatos do PSD escondem, por vergonha, a sua filiação; e as esquerdas (as partidárias, e as inorgânicas) colaboram com esse apagão da história.

O PSD, como o CDS; são em Portugal, o Partido Popular Europeu (PPE). O PPE como formação dominante na União Europeia é o responsável principal da política da troika. Por cá critica-se a troika, o governo, o presidente da República, mas, alcançar a essência do bloco neo-liberal, responsável pela miséria de centenas de milhar de pessoas, não é prioridade das esquerdas.

Eleições é sinal de concorrência nas esquerdas. A angústia e os dramas das famílias portuguesas são secundários perante a necessidade de manter ou subir uns pontinhos em relação a eleições anteriores. 

O inimigo principal é o partido de esquerda ao nosso lado. Repete-se a situação, provocada pela esquerda parlamentar e pelos abstencionistas, que trouxe a troika para Portugal.

Como agravante, a sociedade civil, ainda com participação (infelizmente) insignificante, parte para a guerra clássica de posição, combatendo os partidos, e até os sindicatos. Pensa que cresce e será menos frágil, menorizando a actual representatividade sem oferecer outra que se vislumbre a nível nacional.

Ser dominante no aparelho de Estado ou querer ser dominante para conquistar o Estado, sem conseguir forma de ser hegemónico na sociedade, é levar o exercício do poder para formas não democráticas.

Da mesma maneira que as manifestações não são necessariamente para quem as inicia ou participa nelas, mas para quem está organizado para as aproveitar, as eleições beneficiarão o bloco com mais meios e saber. 

A esquerda tem menos meios e usa-os em guerras entre si. Também tem demonstrado saber pouco, quer os partidos (intelectual colectivo) quer os intelectuais individualmente. 

O PSD, o CDS, e o PPE (e quem eles representam) ficam agradecidos.

Post Scriptum. Talvez as próximas vitórias da extrema-direita em França alertem os mais equivocados. 

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1 comentário:

ARJ disse...

Tal e qual. Andar dois anos a dizer mal do governo do PSD/CDS para depois, chegados os periodos eleitorais, arranjar desculpas para os não querer mandar para casa. Quem não vota contra eles, apoia-os, não há meio termo.