domingo, 26 de janeiro de 2014
Ana Drago. Mais uns buracos no Bloco.
Bloco bloqueado com a estratégia e com mais buracos.
A dirigente Catarina Martins afirma que o Bloco de Esquerda (BE) está “interessado em todas as convergências que rejeitem as políticas de austeridade e o tratado orçamental, e, em juntar todas as forças nas eleições europeias e nas legislativas que aí vêm”. Parece não ser inteiramente verdade.
A proposta do movimento 3D era para discutir um programa conjunto para as europeias, com o Partido Livre, a Refundação Comunista e o Bloco de Esquerda. Segundo Catarina Martins o BE entende ser “importante manter o diálogo com o M3D”, e mais não disse.
Ana Drago demite-se da comissão política do BE devido a “estarmos a viver um momento grave” pelo que “ não é tempo de começar um debate de convergências fazendo exclusões”, segundo afirmou.
Assim vai a unidade das esquerdas. Dissidente é o pior inimigo, não há disponibilidade para discutir seja o que for com esse inimigo. Nada de novo no campo da esquerda, sempre assim foi.
Ana Drago é uma dissidência muito mais importante que as anteriores, atinge sobremaneira a imagem externa do BE e vai refletir-se nos resultados eleitorais - do BE, do Livre e do PS.
Como à esquerda não faz falta mais um PCP, (e ainda mais pequeno), da destilação do Bloco é capaz de resultar a UDP e o PSR; ainda mais puros e desnecessários.
Isabel do Carmo dizia (ver aqui) que “a esquerda tem que engolir elefantes ou mesmo dinossauros”. O Bloco não tem apetite nem para comer um cozido à portuguesa de um dia para o outro.
Há sondagens a dar próximas vitórias eleitorais ao PSD/CDS. Pormenores!
Para ver últimos posts clicar em – página inicial
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Tanto quanto penso, quaisquer tentativas de "fazer" uniões entre velhas divergências políticas é dum idealismo perfeitamente inaceitável e, quanto a mim, até improcedente. A experiência já mostrou que nessas manobras há sempre um, ou uns, a pensar que no fim do percurso "unitário" o comando vai cair-lhe nas mãos. Há coisas cuja manutenção no activo já não servem para responder aos problemas mais prementes que afligem a população, antes pelo contrário. As iniciativas políticas que têm vindo a público e que, a si mesmas, entendem dever rotular-se como sendo de oposição ao fascismo renascente não dão conta que, de facto, o País está ocupado pelos germânicos e que perante essa ocupação não é correcto estarem a preconizar-se movimentações políticas para, imagine-se a incongruência, ter-se uma presença integrada nas forças inimigas. O esforço da resistência à prepotência da união europeia/IVReich, só indica que aquilo que está em causa, deve ser dinamizar se-lhe a maior oposição e, também, tudo quanto não seja fazê-la só pode inscrever-se no oportunismo. Repetir a presença de "Quislings" e de "Gauleiters"?
Na Europa, mais uma vez na História, é fundamental recusar o seu amalgamar submisso sob as ordens imperialistas de quem quer que seja. Estados Oprimidos já há bastantes."
Enviar um comentário