quinta-feira, 7 de julho de 2011
BCE sobe as taxas de juro, famílias e empresas com mais dificuldades.
Crédito à habitação mais caro, empresas com problemas acrescidos.
O Banco Central Europeu (BCE) subiu as taxas de juro de referência para 1,5 por cento. O aumento de 25 pontos percentuais é o segundo, este ano. Espera-se ainda outra subida durante 2011, para 1,75%.
Estava anunciado desde Abril, quando a inflação até tinha descido ligeiramente para 2,7%, valor que se mantém segundo o BCE. O que se alterou desde Abril foram as condições económicas, financeiras e de desemprego nos países da zona euro em dificuldades; o anúncio do BCE, embora esperado, é uma má noticia para os cidadãos alvo de medidas restritivas, particularmente as famílias com crédito à habitação.
Portugal é um dos dois países da Europa com mais famílias sobreendividadas. Em 2010 recorreram à ajuda da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) 17.000 famílias, e desde o início deste ano aumentaram em 40% os pedidos de aconselhamento. As razões principais do incumprimento são os encerramentos no comércio e outras empresas e o consequente desemprego, e também a má utilização dos créditos bancários ao consumo.
O BCE, cuja missão tem sido fundamentalmente manter o valor da moeda, vem corrigir a inflação no momento menos propicio para os portugueses. A política monetária restritiva para reduzir o consumo, beneficia países como a Alemanha, a França ou os “Nórdicos”; para os povos com problemas de liquidez (de falta de dinheiro ou crédito) como nós, é mais um factor de asfixia das famílias.
Dinheiro mais caro a juntar à falta de dinheiro… e ainda falta implementar as medidas da troika.
NB: Para ensaiar o efeito do aumento dos juros no seu crédito de habitação, consultar um dos vários simuladores na Net, ou o portal da DECO.
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