domingo, 10 de julho de 2011
Mensagens de telemóvel. Crédito pré-aprovado.
São milhares (milhões?) os portugueses assediados pela banca para aceitar créditos pré-aprovados ou outras formas de crédito pessoal. Nas condições actuais de sobreendividamento das famílias, e das medidas restritivas que estão a ser impostas, dir-se-ia que era tempo de a banca deixar de perseguir os portugueses. Não é. Enquanto houver uma família sem história de incumprimento de crédito, ela vai ser importunada com ofertas agiotas.
A mim, têm-me chegado propostas embrulhadas de todas as formas; de cheques pré-preenchidos que basta assinar para levantar o dinheiro (supõe-se), a mailings com folhetos ou simples cartas. Os SMSs são o que mais aborrece, não se pode simplesmente rasgar e pôr no lixo, a mensagem apaga-se mas fica na nossa memória.
Há um banco (nem sequer é o “meu” banco) que se especializou a enviar mensagens sucessivas – não é decerto só para mim – desde há meses, quase todas as semanas, e até dias seguidos. Não percebem que os chatos incomodam.
Já depois da Moody`s ter baixado o rating deste banco para “lixo”, recebi mais mensagens a “informar-me” que o banco tem um crédito pessoal pré-aprovado, para mim, de 3.000 euros. Ou a banca tem excesso de liquidez (e a Moody`s enganou-se), ou não tem dificuldades em financiar-se (e andam a enganar-nos a todos), ou entraram no jogo da pirâmide da D.Branca, tentando (contabilisticamente) com novos créditos equilibrar os incobráveis.
Quando se pede moderação no endividamento às famílias portuguesas, não era de tomar medidas para limitar o assédio da banca a essas mesmas famílias para contraírem mais créditos?
Etiquetas:
Banca,
carlos mesquita,
Defesa do Consumidor
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