segunda-feira, 11 de julho de 2011
Juros em máximos! Passos Coelho quer regressar mais cedo aos mercados.
Passos Coelho voltou a afirmar, desta vez no Congresso da Associação Nacional de Municípios, que quer regressar mais cedo aos mercados. Depois era “o outro” que não tinha noção da realidade. A verdade é que este governo foi aos mercados pagando mais que o anterior, e é verdade também que os juros estão a subir, e muito, apesar do “governo de maioria estável”; o resto é discurso aéreo.
O governo troiko/Passos começou com uma golpada bem explicada por Daniel Amaral no DE, o argumento do défice desconhecido. Para além da mentira em relação ao prometido na campanha eleitoral de que não aumentava impostos, o corte do equivalente a 50% do subsídio de Natal é o equivalente a um “orçamento rectificativo” – o “rectificativo” ser antes da insuficiência do Orçamento de Estado, é outra golpada que apesar de bem feita terá efeitos cumulativos com as medidas da troika. É uma questão de tempo até as pessoas entenderem o artifício.
Para além da conversa que são os discursos, não se vislumbra uma medida (nem em discurso) que vá no sentido do crescimento económico ou da competitividade. Como quer o governo que o país volte mais cedo aos mercados, quando a aparelho produtivo todos os dias fica mais reduzido.
É o que vejo no meu dia-a-dia, no contacto profissional com o sector industrial; empresas paradas ou quase, trabalhadores a irem de férias mais cedo esperando que no regresso haja trabalho, despedimentos do pessoal mais qualificado para poupar nos ordenados, encerramentos.
Passe o que se passe com os “mercados” e o euro, há valências profissionais e tecido empresarial que está a desaparecer para não voltar. Não se vê qualquer sensibilidade do governo para a situação, e se há portugueses preocupados (deve haver) não chegam às notícias
Etiquetas:
carlos mesquita,
Daniel Amaral,
governo troiko/Passos,
política nacional
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário