sexta-feira, 22 de julho de 2011
Passos Coelho e o aumento do preço dos transportes
Escandaloso é a classificação mais ouvida sobre o aumento do preço dos bilhetes e passes dos transportes públicos. O aumento é várias vezes superior à taxa de inflação, não resolve o problema dos prejuízos operacionais e vem prejudicar enormemente os utentes.
Numa altura de subida frequente e exponencial dos combustíveis, em que muitas pessoas já haviam trocado o carro pelos transportes públicos, vir subir as tarifas, é montar um cerco a quem precisa de mobilidade.
O serviço público de transportes é utilizado essencialmente por quem faz contas às despesas de deslocação ou não tem outra alternativa. Decerto voltando a fazer contas, chegarão à conclusão que fica mais barato o automóvel. Mais carros a circularem, mais poluição, maior consumo de petróleo, mais uma contribuição para o défice externo.
O mais relevante para os utentes, que não têm culpa das más gestões e das opções das políticas de mobilidade dos sucessivos governos, é o contexto de dificuldade económica em que se encontram. Aqui, e como já deu sobejas provas neste primeiro mês de governação, o governo de Passos Coelho demonstra uma enorme insensibilidade social.
Esperemos para ver quem abrange os anunciados “títulos de transporte a preços reduzidos”.
O que temos notado é que para Passos Coelho e Vítor Gaspar os rendimentos muito baixos são o limite da miséria do ordenado mínimo.
Um destes dias, vou ver trabalhadores que recebem pouco mais que o ordenado mínimo a pedir para lhes baixarem o vencimento – para serem menos penalizados; eles são a maioria, e são quem está a pagar tudo.
Quem votou nestes, votou nisto?
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