sábado, 1 de setembro de 2012
Escutas a Portas seguram coligação?
Mais uma prova de que as notícias que envolvam “os submarinos de Portas”emergem e submergem. Ontem foram notícia (primeira página do DN e referência em todos os canais TV e jornais) as escutas em que Paulo Portas foi apanhado. Hoje submergiram - já nem se vê rasto do periscópio.
O Expresso esmerou-se; para além de ignorar o tema por completo, levou à primeira página (e dedicou uma página inteira do miolo) ao Freeport, e a Sócrates, claro.
De tanto uso, o Freeport está tão esfarrapado que não tapa nada, mas há quem insista… (ver aqui “a culpa de Sócrates”).
Segundo o artigo do Diário de Notícias (DN), Paulo Portas falou duas vezes com Pedro Brandão Rodrigues (ex-deputado do CDS e presidente da Comissão de Contrapartidas) que estava sob escuta do Ministério Público, por causa da investigação do negócio dos submarinos.
Mensão curiosa, do DN, ao facto de Paulo Portas ter querido falar com Brandão Rodrigues “mas só por telefone fixo” e ter-lhe enviado um SMS “ a dizer para trocar de número de telemóvel”. Portas avisou mas ele próprio estava mal avisado, o seu parceiro estava sob escuta no “móvel” e no “fixo”.
Por ordem do juiz Carlos Alexandre, as conversas de Portas, “consideradas relevantes”, foram transcritas para o processo.
Noutras alturas (no governo anterior) já se saberia o conteúdo das escutas e o conteúdo das entrelinhas das escutas. Já haveria jornalistas a constituírem-se assistentes do processo e era assunto para abrir e fechar telejornais e promover comentadores; agora convém não fazer ondas.
Aqueles que acham que Cavaco Silva está tolhido pelo caso BPN, podem imaginar que as escutas de Portas não se conhecem porque têm mais efeito no recato da investigação. Se calhar é mais uma teoria da conspiração e a Justiça está somente a funcionar melhor, pelo menos a guardar melhor a matéria em segredo de justiça.
Pode ser que sim…como pode ser outra coisa.
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