Bandeira içada ao contrário na Praça do Município
As comemorações do 5 de Outubro deste ano ficam marcadas por vários incidentes; Cavaco Silva e António Costa içaram a Bandeira Nacional atabalhoadamente, e… ao contrário – (assim permaneceu). Manifestantes conseguiram furar a segurança e intervir nas comemorações, ainda no discurso do presidente da República; uma jovem fê-lo cantando e uma senhora contando a situação de dificuldade por que passa.
Cavaco não disse nada e António Costa fez um discurso que chateou os apoiantes do governo.
Realce para a confirmação, pelo presidente da Câmara de Lisboa de que continuará a haver cerimónia oficial (tal como do 1º de Dezembro) no dia das comemorações do 5 de Outubro, na capital, apesar do fim do feriado decretado pelo governo.
Espera-se que as próximas comemorações não obedeçam, como estas, à indecente rejeição do Presidente da República em ir para o local próprio e histórico, seja por razões de segurança ou outras.
Meterem-se num pátio, escondidos, com medo de vaias, é ridículo e não funciona como método de esquiva. O melhor era o Sr. Presidente pensar porque é que o povo o persegue com apupos.
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8 comentários:
A bandeira hasteada este 5 de Outubro condiz com o país: está de pernas para o ar.
E até António Costa, que eu considerava, deixou de merecer o meu respeito, por ter alinhado em comemorações à porta fachada com a Baixa autenticamente sequestra. E, acima de tudo, por ter aceite o ataque ideológico do governo aos valores da República ao cancelar o feriado. Deveria ter-se imposto e não ceder. Mas, viu-se porque o fizeram: os protesto teriam sido muito maiores. António Costa, para se limpar, deveria propor na Assembleia Municipal, que o 5 de Outubro fosse declarado feriado municipal.
António Costa aproveitou bem a ocasião, é dele o discurso do 5 de Outubro pois Cavaco não disse nada.
As acções políticas medem-se pelos resultados, e, pela reacção do partido no poder à sua palestra, fez mossa.
A Câmara de Lisboa vai continuar a festejar o 5 de Outubro NACIONAL e não um feriadito municipal, é acertado, em minha opinião.
O discurso do António Costa não salva a atitude. As reacções populares filmada pelas TV's não deixam margem para dúvidas.
Quanto ao feriadito, como dizes depreciativamente, a sua instituição depois de retirado (proíbido) pelo governo era uma maneira de marcar o desacordo e de impor a vontade independente da Cãmara. Já agora explica-me como é que a " a Câmara de Lisboa vai continuar a festejar o 5 de Outubro NACIONAL"(?!?!?!?)
É em Lisboa, no Município de Lisboa, na Praça do Município de Lisboa que, por tradição óbvia,se festeja o 5 de Outubro. Foi ali e não noutro lado que José Relvas proclamou a República já lá vão 102 anos.
Essas são as cerimónias nacionais, centrais, de Estado, ou como se quiser chamar; quem festeja não é a Câmara, são os republicanos, o município viabiliza.
O resto são opiniões.
obrigado pelos comentários.
Meu caro Carlos Mesquita, se assim é,"em Lisboa, no Município de Lisboa, na Praça do Município de Lisboa que, por tradição óbvia,se festeja o 5 de Outubro. Foi ali e não noutro lado que José Relvas proclamou a República já lá vão 102 anos.", só gostava que me dissesses porque este ano não foram aí "as cerimónias nacionais, centrais, de Estado, ou como se quiser chamar; quem festeja não é a Câmara, são os republicanos, o município viabiliza." António Costa deu três diferentes explicações, todas elas esfarrapadas: primeiro terá sido por uma questão orçamental, no próprio dia, à comunicação social, deu mais duas: uma por uma questão meteorológica, às vezes chovia, outras fazia muito calor, outra por uma questão patrimonial, havia um novo espaço, o Pátio da Ralé, perdão, da Galé. E qual é a tua explicação para que este ano não haja, como sucede desde há 102 anos, mas para ano sim é que vai ser a sério!
Meu caro Artur, estamos a entrar na desconversa. Eu não tenho de dar explicações nenhumas, nem porque não foi nem porque não vai ser, é ali – ponto. O resto está no post.
Não ouvi o António Costa justificar-se, li apenas que era por razões de segurança. A ti (parece) dá-te jeito pôr em causa o Costa em vez do Cavaco. O que se viu (andam aí umas fotos no facebook) foram atiradores especiais nos telhados com as suas carabinas e miras telescópicas, não são chapéus-de-sol, nem para sossegar o Costa que anda por aí livremente.
O que vai ser para o ano não sei, se calhar somos uma monarquia, ou fazemos (finalmente) parte de outro Império, nesse caso em vez do 5 de Outubro alguém festejará dois dias antes; no Dia da Unidade Alemã. E nós, aqui, a gastar debalde o latim.
PS. O guiché para reclamações ao António Costa não é aqui.
Não te reconheço autoridade moral, muito menos política, para dizeres que me dá jeito criticar o António Costa, de quem fui eleitor, em vez do Cavaco, pessoa em quem nunca votei. Estamos conversados, agora e para sempre. Passa bem mais o teu clarinete.
Fixe. Já tinha tentado acabar com a desconversa - e a hierarquia na discussão política, sempre me cansou.
O objectivo do ClariNet não é fazer favores a nenhuma estratégia partidária (ou anti-partidária) e assim vai continuar.
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