terça-feira, 8 de novembro de 2011
Itália - Berlusconi não sabe se fica.
Berlusconi perdeu a maioria mas não sabe se fica. Bossi, líder da Liga Norte, suporte da maioria de Berlusconi, disse à entrada da Câmara dos Deputados que o primeiro-ministro devia dar um passo ao lado; o passo lateral era para passar a bola (a bota) a Angelino Alfano, secretário nacional do partido “Povo da Liberdade” de Berlusconi.
Quando aqui era chumbado o PEC 4, Bossi quase derrubou Berlusconi, desistiu porque era dar o poder à esquerda, (a “sinistra”). O que é sinistro é que para Humberto Bossi o mais importante é o regionalismo nacionalista da Padânia. Em nome do federalismo quer a maioria (LN + PdL) e indica o siciliano Alfano para suceder a Berlusconi.
Angelino Alfano ex-ministro da Justiça é o autor da lei de imunidade judicial dos altos cargos políticos, (mais tarde considerada inconstitucional) feita à medida dos “casos” de Berlusconi. Não será a pessoa mais recomendável para lidar com a necessidade de transparência imposta pelos auditores da União Europeia e do FMI.
A Itália segue dentro de momentos, sob a pressão dos mercados, (com os juros perto dos 7% que Teixeira dos Santos dizia ser o limite) e a pressão da Zona Euro. A maioria quer salvar a sua maioria, os outros um governo de emergência; o acesso aos mercados vai ditar o futuro.
A credibilidade da Itália está baixa. Um novo governo seria diferente se não viesse com ele a descoberta de buracos escondidos. Um governo em que muda a cara do líder para ficar tudo na mesma não vai enganar ninguém.
Esta Europa não tem solução para a Itália e as eleições de pouco servem, adiam o inevitável na Grécia, na Itália e nos seguintes. Se algumas eleições forem úteis são na Alemanha e na França; caso a emergência espere por elas.
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