quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Espanha nos 7% de juros. Merkel/Sarkozy perto do divórcio.

Global. Nov 2011


O contágio da crise do euro é uma evidência, já não é um risco. Os investidores têm uma certeza, com Ângela Merkel a liderar os destinos da Zona Euro há incerteza económica nos países europeus, em todos eles e não só nos do sul; Merkel impede uma solução que passe pelo BCE.

Os mercados não vêm (ninguém vê) qualquer medida que impeça o fogo que pegou na Grécia, e alastra para fora da Europa, de atingir maiores proporções.

Como era esperado, os governos de tecnocratas na Grécia e na Itália não devolveram a confiança apregoada, os juros continuam a subir. A Espanha colocou hoje títulos a dez anos e tocou os fatídicos 7% de juros, (Portugal pediu o resgate nos 6,8%). A França, segunda economia europeia, atingiu custos de financiamento que enervaram os políticos franceses, mas também o ministro das Finanças alemão Wolfgang Schaeuble, que terá dito “os mercados não estão a agir de forma racional”. Onde é que nós já ouvimos isto?

O discurso político já nada resolve. O paleio dos países ameaçados de que não eram a Grécia não funcionou, a conversa de que não fazem parte dos PIIGS ou tem “triple A” não está a funcionar. Nem sequer funciona o facto de não estarem no euro como sucede com o Reino Unido e os Estados Unidos. Está tudo interligado no sistema financeiro, a exposição à divida é cruzada, o caos ameaça a economia mundial.

Tem a palavra Nicolás Sarkozy, a perna curta do monstro bicéfalo que criou o problema, para que o BCE assuma o papel de Banco Central com outras funções que não sejam apenas controlar a inflação. E não venham com a desculpa dos Tratados, eles já não são respeitados pelo mostrengo Merkozy.

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1 comentário:

Leça da Veiga disse...

O discurso político "deles" já nada resolve mas só um discurso e
intervenção política podem resolver.

Impossível é repetir qualquer dos"ismos"herdados.