segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Ministro Álvaro anuncia fim da crise - PIB cai 1,7%.
Enquanto a economia portuguesa está em queda descontrolada, Álvaro Santos Pereira garante que 2012 irá marcar o ano de fim da crise. O ministro da Economia (portuguesa que está em queda descontrolada) contou a anedota, numa audição, hoje, no Parlamento.
Hoje, que se soube pelo INE que o PIB (Produto Interno Bruto) de Portugal contraiu 1,7% no 3º trimestre deste ano em relação ao mesmo do ano passado (0,4 perante o 2º trimestre), que deverá (projecção União Europeia) ser de 1,9 neste ano e 3% para 2012.
Estamos em recessão confirmada e acentuada, a economia portuguesa tinha crescido em 2010, 1,4%; vai retrair mais que isso em 2011 e em 2012 vai duplicar a queda.
Mas hoje também se soube (Eurostat) que a produção industrial na Zona Euro caiu 2% em Setembro na comparação com Agosto, invertendo os ganhos desse mês. E que para essa queda a Alemanha contribuiu com 2,9%, a França 1,9% e a Itália com 4,8%. As locomotivas estão a abrandar, em vez de alguns ficarem a ver passar os comboios fica tudo apeado não tarda.
Também hoje o Banco de Espanha anunciou o aumento da dívida da banca espanhola ao BCE, em Outubro 76 mil milhões de euros. Acresce à dificuldade de liquidez da banca espanhola, a necessidade de capitalização para os 9% impostos em Outubro pela União Europeia. Segundo o El País, depois dos bancos gregos o pior cenário será para cinco bancos espanhóis que precisam de 26 mil milhões de euros para cumprir a obrigação. Com a próxima mudança “à direita” em Espanha, esperam-se maiores problemas para as nossas exportações para este parceiro fundamental.
O rol de contrariedades para a economia portuguesa são infindáveis, umas diz o INE; desaceleração das exportações, redução do investimento, descida acentuada do consumo das famílias, outras vêm daquela Europa que pensava poder viver bem com clientes mais pobres. A política de tirar dinheiro à economia está a colapsar a sociedade, a passar os limites.
Resta-nos por agora assistir a imitações dos números de circo, do nosso governo troiko e das suas trupes, mas mesmo isso pode acabar, um dia deixam de ligar aos Álvaros – sem dinheiro não há palhaço.
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