sábado, 14 de janeiro de 2012

França. Perda de Triple A com reflexos nas presidenciais.

Sarkozy tremido. Jan 2012


Como estava “anunciado” e como resultado do fracasso da cimeira europeia de Dezembro, e os impasses seguintes, a Standard & Poor´s baixou vários ratings pela Europa.

A França, a 100 dias das eleições presidenciais, será o país onde a iniciativa da agência terá efeitos políticos imediatos, com influência importante no resto da Europa. Para já toda a oposição a Sarkozy, da esquerda e da direita, veio aproveitar a situação.

Se para Jean Luc Mélenchon esta perda do “triple A”, é uma “rendição incondicional” de todos os líderes políticos, e para Eva Joly, “deve ser uma oportunidade para tomar consciência de que outro mundo deve nascer”; já Francois Bayrou diz haver uma “responsabilidade dos governos de Sarkozy”, mas essa responsabilidade é partilhada entre o UMP e o PS, pois a origem desta situação remonta aos anos 90. Francois Hollande, que lidera as sondagens, diz que a batalha de Sarkozy pelo “triplo A” se perdeu, e que a degradação é da política e não da França. No mesmo sentido Dominique de Villepin considera que a perda do “Triple A” é “o fracasso da política do governo e não da França”, é “ a sanção de uma política”. Marine Le Pen assinala “o fim do mito do presidente protector.

Nicolas sarkozy já tinha a reeleição comprometida; a classificação da Standard & Poor´s será decerto um contributo para aumentar a distância nas sondagens.
 A descida do rating francês trará consequências para a vida dos franceses, e também efeitos na política francesa e europeia. Sarkozy fez do “Triple A” bandeira do seu mandato, dificilmente a tentativa de desdramatizar a situação impedirá as consequências políticas.

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