sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Portugal vence ventos contrários? Risco de bancarrota 70%!

Moedas fracas. Jan. 2012


Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto de Passos Coelho, e permanente do FMI, escreveu no Wall Street Journal (WSJ) um artigo intitulado “Portugal está a vencer os ventos contrários”, diz ele que “o pacote de ajuda externa a Portugal está a funcionar e a permitir ao país recuperar a sua competitividade”.

Carlos Moedas foi tentar responder a um outro artigo do WSJ, que citei antes de ontem aqui. O WSJ dizia que Portugal pode estar mais próximo de pedir um segundo resgate e que dificilmente volta aos mercados em 2013. O “nosso secretário” entendeu que basta ele dizer o contrário para convencer os “mercados”. Foi aliás essa a convicção com que o governo Passos/Portas foi eleito; chegavam e os “mercados” ficavam caídos pelos seus dotes governativos.

A realidade, o raio da realidade, não se altera com a prosápia desta juventude bem relacionada; segundo noticia o Expresso online, “nas últimas duas semanas, a probabilidade de incumprimento (risco de default) da dívida portuguesa não tem parado, desde que galgou o patamar de 65% em 17 de Janeiro”. O “custo dos seguros contra o risco de incumprimento” (cds) “subiu ao final da manhã para 70,47%, uma barreira jamais galgada”.

Diz o Expresso que Portugal fez “em sete dias o que a Grécia percorreu num mês”. Os mercados parecem pouco convencidos pelas virtudes das políticas do governo e da troika, e isso não se modifica com artigos de opinião de governantes portugueses em jornais americanos. É até ridículo.

Carlos Moedas termina afirmando que “temos sorte de ter um forte consenso político e social”. Não temos tal sorte e entre outros azares temos Moedas fracas.

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