segunda-feira, 18 de março de 2013

Directivas para sardinha assada e atraso de pagamentos.

União Europeia é firme em directivas da sardinha assada.Mar.2013

Desde que estamos na União Europeia habituaram-nos à obrigatoriedade de seguirmos as directivas emanadas de Bruxelas. Das colheres de pau à tripa de plástico dos enchidos, ou aos fumos da sardinha assada. Isto para falar só de cozinha e cozinhados; aliás, opíparos manjares para a larica da ASAE. 

Quando servem para sacar umas coimas, as directivas europeias são mais que adoptadas, são tratadas como filhos legítimos do governo português.

A Comissão Europeia lançou em 2.000 uma directiva para que os Estados passassem a pagar atempadamente aos seus fornecedores, se bem me lembro a 30 dias da data das facturas, mas, passados estes anos, conclui-se que os Estados fizeram-se esquecidos.

Como vem no Público, a “Comissão Europeia apela a que países adoptem a directiva sobre os atrasos de pagamentos”. Não sei se está bem traduzido, mas as directivas não nos têm chegado em forma de apelo. É para cumprir – e mais nada! O Estado, quando é para receber…é para receber – e mais nada!

O paleio do governo sobre o problema do desemprego não leva em conta o encerramento de empresas provocado pelo próprio Estado, pelo Estado caloteiro. 

Qualquer aselha em contas, mas que conheça a realidade do tecido empresarial português, já viu há muito que o Estado pagar o que deve é a mais importante injecção de dinheiro para impedir maior desemprego. Os doutos economistas que governam isto, ainda não notaram.

Andam com mesinhas, velhos “impulsos jovem” e ocupações da treta, enquanto fecham empresas viáveis, só porque estas trabalham para o Estado, ou trabalham com clientes que têm o Estado como cliente.

Sei o que é isso, escrevi AQUI o ano passado sobre o assunto, dizia ao ministro Álvaro: “Em vez de ir para a televisão palestrar sobre o paradigma financeiro do tecido empresarial português e a necessidade de irem para a bolsa, deixe de nos ir ao bolso e paguem o que devem às empresas”.

O “APELO” da Comissão Europeia vale mais que um desabafo num blogue?

Vamos ver!

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