Conseguiram erguer uma estátua à figura sinistra do Cónego Melo, em Braga.
Ainda lá está.
Não há dúvida do envolvimento do Cónego Melo com a extrema-direita e os operacionais do ELP/MDLP, responsáveis por lançar o terror, principalmente a norte, com assaltos a sedes de partidos de esquerda e o atentado bombista que vitimou o Padre Max - candidato a deputado da UDP pelo círculo de Vila Real - e a sua aluna Maria de Lurdes.
A homenagem ao terrorista Eduardo Melo Barroso, o Cónego Melo, é motivo de discussão e faz lembrar outra querela; a da estátua de Salazar em Santa Comba Dão, inaugurada pelo corta-fitas Américo Tomás, em 1965.
O Salazar em bronze esteve sentado numa cadeira rija até depois do 25 de Abril de 1974. Depois, alguém foi cortando a cabeça da estátua, em vários turnos, até à decapitação. Saudosistas quiseram voltar a pôr uma cabeça na estátua enquanto outros se insurgiam contra a reposição; ainda fizeram uma cabeça para enxertar no tronco mas enganaram-se nas medidas e aumentou a celeuma.
Até que, na madrugada do dia 12 de Fevereiro de 1978, Santa Comba acordou com um estrondo e a estátua distribui-se em pedaços pela vila. Os jornais da época escreviam, “acabou-se a discussão”. E foi.
Não se sabe como vai acabar a discussão em Braga, mas se ouvirem dizer “Arriba estátua do Cónego Melo, mais alto que a de Salazar”, o melhor é sair das redondezas.
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