domingo, 18 de agosto de 2013
Morte na estrada por não ter dinheiro para portagens.
O artigo do jornal Público é elucidativo:
“Bastaram 24 horas para morrerem nove pessoas no mesmo troço de estrada. Automobilistas voltam ao IC1 para escaparem às portagens. Cinco das vítimas eram jovens”.
“Uma colisão frontal entre dois ligeiros de passageiros, ocorrida ontem à tarde no IC1, junto a Ourique, matou sete pessoas”. Outro acidente em menos de 24 horas, no mesmo troço, fez também duas vítimas mortais, acrescenta o jornal.
O Público realça que o concelho de Ourique foi “marcado pela sinistralidade rodoviária antes da construção da A2” e que este “fim-de-semana negro” é “revelador da quantidade de automobilistas que passaram a circular pelo IC1 em vez de usarem a auto-estrada, para pouparem o dinheiro das portagens”.
É assim em todo o país, a quebra de tráfego nas auto-estradas com portagem, incluindo as ex-SCUT, vai manter-se enquanto a opção política for de orçamentos restritivos, de baixar o poder de compra e subsistir a alta taxa de desemprego.
O declínio de tráfego nas auto-estradas e a opção forçada dos automobilistas por troços de dois sentidos na via, é responsável por desastres mais violentos e mortíferos; para haver acidentes mortais na estrada não é necessário excesso de velocidade, basta um choque frontal entre dois veículos dentro de velocidades legais.
O que não está a ser medido, como resultado da introdução de portagens nas ex-SCUT, e do impacto das medidas de austeridade é o número de mortos e inválidos, consequência do aumento de acidentes rodoviários graves.
A austeridade não altera só estilos de vida, nem causa “apenas” pobreza, fome, infelicidade; a austeridade mata e mata também na estrada.
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