sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Aumento (brutal) do IVA, na Electricidade e no Gás.

CortesOndeAgo2011


Estavam anunciados “cortes brutais na despesa pública” mas afinal apresentaram mais impostos, e brutais. A subida da taxa do IVA de 6% para a taxa máxima de 23% (a taxa máxima não é uma exigência da troika) nas facturas da electricidade e do gás, resulta num aumento destes produtos de primeira necessidade, de 17%. O governo pensa arrecadar com mais este saque ao bolso dos portugueses, 400 milhões de euros.

O aumento de impostos – a única coisa que o governo de Passos Coelho/Portas tem sabido fazer, terá um impacto inadmissível nas famílias de mais baixos rendimentos. A electricidade e o gás são de consumo imprescindível em todas as casas; vai agravar o estrangulamento económico em que já vivem muitas famílias. Os portugueses vão ficar com menos dinheiro disponível, reduzindo o consumo interno e levando a economia a maior recessão. As empresas sofrerão como efeito imediato a redução da sua competitividade, o contrário do que se pretende que é o aumento da produção nacional, quer para exportação quer para consumo interno.

O ministro das finanças Vítor Gaspar, não permitiu perguntas na conferência de imprensa onde anunciou o aumento de impostos; mais uma nódoa na transparência que Passos Coelho apregoava. Quem abriu o jogo foi o delegado do FMI da troika, que no seu encontro com os jornalistas anunciou em primeira-mão medidas do governo (!), como a transferência dos fundos de pensões da banca para a Segurança Social (um encaixe imediato para despesas futuras).

O mesmo “troiko” desautorizou o estudo do governo sobre a redução da Taxa Social Única (TSU) considerando que a descida terá que ser (são as ordens dele) entre 6 a 9%; como o estudo falava na necessidade de subir o IVA em dois pontos percentuais para uma TSU de menos 3,7%, vamos ter festa. Mais ordenou o “troiko” – “que essa coisa de não atingir todas as empresas não pode ser”. Não será portanto apenas para o sector exportador, a festa promete.

Temos um governo que não governa, é um pau-mandado do FMI. É incapaz de actuar sobre a despesa pública e os gastos sumptuosos do Estado, ou nos privilégios dos que recebem grandes ordenados e opíparas reformas. Daqui em diante haverá mais cortes sobre os mesmos, uns irão assumir a forma de impostos, outros serão cortes dos direitos no trabalho, na saúde, na educação.

Sem oposição dos portugueses o governo de Passos Coelho/Portas vai reduzir a maior parte do povo à miséria.

1 comentário:

Pedro Godinho disse...

Onde está o Wally Passos?

Dizia o Passos, em campanha, que estava pronto para governar e sabia muito bem onde cortar na despesa pública.
Agora trespassou a consução do Governo para o ministro das Finanças.