A repressão policial com gás pimenta sobre estudantes, que se manifestavam pacificamente e imóveis, está a provocar a indignação geral. Os estudantes, em fila e de joelhos no chão, protestavam contra o aumento das matrículas. Faziam parte do grupo que armou uma dúzia de tendas, num campus universitário da Califórnia. Dois dos estudantes feridos tiveram de ser tratados no hospital.
A reitora, Linda Katehi, acusada pela Associação da Universidade Davis de ter permitido a presença policial no campus e por isso convidada a demitir-se, acabou por qualificar o uso de gás pimenta da forma mostrada no vídeo como “arrepiante”. As diligências da universidade e a necessidade de limitar os protestos generalizados levaram à suspensão de dois polícias.
O movimento dos indignados, que nos Estados Unidos tem a maior expressão com os Occupy Wall Street, preocupa as autoridades americanas. Está a espalhar-se por todo o país, de costa a costa, e as autoridades politicas e forças policiais têm demonstrado ter muita dificuldade em lidar com manifestantes pacíficos.
A única resposta que conhecem é a repressão violenta da polícia. Vão ter mais gente a manifestar-se e em mais locais; os manifestantes têm mais razões de protesto – contra a repressão do Estado, contra a violência policial, pelos direitos civis.
Da indignação ao protesto e deste ao movimento é o curso em vários pontos do Globo; as pessoas querem ter uma palavra a dizer sobre o seu futuro, não aceitam passivamente que os roubem.
DIA 24 – Depois de Amanhã – Quinta-feira Greve Geral em Portugal.
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3 comentários:
E a gentinha que já anda por aí a inventar infiltrações de serviços secretos a dar com um pau para desacreditar estes movimentos? Como se os movimentos da nossa geração não tivessem nunca sido infiltrados.
Desfilei no 1º de maio de 74 com um megafone dum partido.
Pouco tempo depois voltei a usar um megafone para mostrar a solidariedade da Comissão de Trabalhadores da minha fábrica, aos trabalhadores da Charminha e Sogantal (boa memória!) em frente ao Ministério do Trabalho. O segundo megafone era dos trabalhadores, eu já não tinha partido, e a manifestação fez-se.
Minha cara Augusta, para mim, suspeito é quem não se manifesta.
As manifestações de hoje são a continuação das manifestações de ontem.
Não qualifico ou quantifico as enquadradas politicamente das outras, a utilidade mede-se pela reacção do adversário.
Por aqui no ClariNet já estamos a entrar em "modo anti-fascista"!
O que quer dizer que indignados ou protestantes, golpistas ou legalistas, pacifistas ou arruaceiros; desde que em quantidade q.b. contribua para o caldo - está aprovado.
Ai, estamos em fase antifascista, estamos!
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