quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Álvaro o mentor? A reindustrialização da Europa.
Em nenhum país europeu ligaram patavina à carta de cinco ministros da economia (incluindo o nosso) sobre a agenda para o crescimento baseada na reindustrialização da Europa. Ninguém teve a lata de dizer que havia um mentor de tal coisa (excepto aqui); e logo o ministro Álvaro.
O protagonismo dado ao ministro Álvaro justifica-se (!?) pelo provincianismo publicado e a manifesta preguiça jornalística.
Com base nas conclusões do Conselho Europeu de Junho e a política industrial adoptada pela Comissão Europeia em 10 de Outubro, realizou-se - em Lisboa (!) – a 26/10, a Conferência “Reindustrialização para o Crescimento e a Competitividade na Europa”. António Tajani, comissário responsável pela Indústria e o Empreendedorismo e vice-presidente da Comissão Europeia defendeu a reindustrialização como a 3ª Revolução Industrial.
A carta dos cinco ministros da economia (incluindo o nosso) não passa de generalidades sobre as prioridades definidas por Tajani.
O que o ministro Álvaro acrescentou à carta, e a Tajani, em declarações de pôr os olhos em bico à Europa do desenvolvimento social, foi a resposta obscena ao dumping ambiental dos países em desenvolvimento.
O que falta à indústria europeia para melhor competir não é poluir como outros fazem. A própria indústria dá as soluções. A indústria europeia das tecnologias ambientais e de gestão de recursos é líder mundial. A indústria europeia tem de continuar a modernizar-se com ecologia e investigação e não reduzindo o seu potencial de inovação. Desaparece se quiser copiar os padrões chineses.
O actual governo português vai no pior sentido, abandona o cluster industrial das renováveis, nada promove além da emigração de quadros e “cérebros”, desinveste na educação e na investigação científica, torna impossível o financiamento das empresas para além de as descapitalizar.
No meio disto o ministro Álvaro quer dar sinais de vida mas não aparenta saber o mínimo sobre empresas ou indústria.
Por cá é pretensioso falar em reindustrialização; a política do governo actual leva a que quase todos os dias fechem fábricas. Conseguir suster a sangria industrial que se iniciou com Cavaco Silva já era um objectivo razoável.
Cartas, manifestos, convenções…são paleio - fúteis promoções.
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