domingo, 16 de dezembro de 2012
Passos: Tirar dinheiro das pensões é constitucional.
Passos Coelho defendeu hoje que pensionistas não descontaram para terem pensões tão elevadas. “Descontaram para ter reformas, mas não para terem aquelas reformas”, disse.
“Por isso lhes estamos a pedir um contributo especial, não é para ofender a constituição”.
Pedir um contributo será o mesmo que ir tirá-lo sem consentimento e ofender decerto não ofende, pois Miguel Relvas já disse que nada no Orçamento de Estado para 2013 é contra a Constituição.
Mandaram o Relvas estudar e deu isto; foi estudar a Constituição. Uma das equivalências da sua lista dará para constitucionalista. Adiante.
Passos Coelho descobriu agora que “há pessoas que estão reformadas e que têm reformas que são pagas por aqueles que estão hoje a trabalhar”. Depois fez-se adivinho para afirmar que os trabalhadores de agora “nunca terão reformas desse nível”.
Uma geração de desempregados e trabalhadores precários não tem ordenados capazes; teriam sempre reformas de miséria. Nem pagam para a geração anterior nem geram uma carreira contributiva que os sustente mais tarde. Passos descobriu a pólvora.
Mas o futuro não lhe pertence. Hoje, o governo alemão, segundo o Der Spiegel, revela descontentamento da Alemanha face à evolução registada em Portugal. Refere nomeadamente que os custos salariais só estão a baixar à custa do desemprego. Mais uns, surpreendidos com os efeitos das políticas laborais que estão a impor, juntamente com a austeridade recessiva. Será que ninguém prevê as consequências das políticas?
Não é segredo (os nórdicos praticam) que só perto do pleno emprego e com políticas de crescimento se podem pagar as reformas actuais e vindouras.
Como antes das eleições na Alemanha não há mudança de políticas, nem com estes governantes em Portugal, vão voar boa parte das pensões - se os portugueses e a Constituição não se opuserem.
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