sábado, 16 de março de 2013
Para memória futura. Estão a amarrotar um país.
O professor Viriato Soromenho-Marques (V SM) escreve uma coluna de opinião no DN, onde salienta que Vítor Gaspar falando como ministro e não como professor “monetarista”, “devia ter pedido desculpa aos portugueses pela falta de rigor e ausência de credibilidade dos seus cálculos”.
Como a comunicação feita agora pelo ministro das Finanças deverá pecar pela mesma imprecisão, é natural que o desastre anunciado por Gaspar venha a ser ainda mais catastrófico.
A história, por V SM:
“Em outubro, a previsão para a queda do PIB, contida no OE 2013, era de -1%. No início de março, no Parlamento, Gaspar esclareceu que se tinha enganado. Afinal a queda será de -2%. Um académico honesto teria dito que o seu engano era de 100% (a previsão passava de -1% para o dobro, -2%), mas Gaspar resolveu fazer-se de ingénuo, dizendo que o engano era de 1%. Afinal a recessão vai ser de -2,3%, se ficar por aqui…Gaspar está bem acompanhado, na incompetência, pelos técnicos da troika. Em Agosto de 2011, a troika efectuou uma série de previsões para 2013 que se mostraram totalmente erradas: um crescimento de 1,2% (!); a taxa de desemprego abaixo de 14% (agora a previsão é de quase 19%); a dívida pública perto dos 114% (na verdade, em final de 2012 já estava em 122,5%).
Os políticos são punidos pelas eleições e pela história (o nome do primeiro-ministro ficará na sinistra galeria dos anti-heróis da História de Portugal). Os académicos, quando erram, perdem reputação e emprego. Gaspar e os seus colegas da troika pertencem a uma casta híbrida de inimputáveis. Quando lhes são pedidas responsabilidades políticas, dizem: “somos apenas técnicos”. Quando lhes são apontados os erros científicos, respondem: “O nosso trabalho está condicionado pela política”. Até quando poderá uma democracia suportar ser aterrorizada por incompetentes e irresponsáveis”.
O que é facto; é o governo e o presidente da República andarem por aí no dia seguinte… como no dia anterior. Depois do anúncio do desastre, os aselhas dos condutores que só causam sinistros mantêm-se ao volante do país.
A troika, o governo de Passos Coelho / Paulo Portas, e Cavaco Silva, mais que a dar pancada – estão a amarrotar um país. Um país com gente dentro.
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2 comentários:
ALIAS TEM SIDO SEMPRE ASSIM DES O 25/4. PRIMEIRO OS COMUNAS CRIARAM O PRIMEIRO GAP E LA VEIO O FMI POR ACASO TINHAMOS POR CÁ UM DOS HOMENS BEM FORMADOS QUE SE PRODUZIRAM AINDA NO PAIS - SILVA LOPES E JACINTO NUNES. DEPOIS VIERAM OS CHUCHAS QUE FICARAM A DANÇAR COM O CR E O EANES E, AI AQUI DEL REY LA VEIO O FMI OUTRA VEZ - POR ACASO AINDA ESTAVA CÁ O HERNANI ... DEU-SE VOLTA AO TEXTO MAS O QUE SE SEGUIU FOI BEM MAU DE DEMAIS ... ERA DINHEIRO A RODOS E O CAVACO CRIOU O MONSTRO E ESTENDEU A MANTA QUE AINDA DURA ATE HOJE. O GUETERRES COITADO AMAMENTOU-O ( E DEPOIS BATEU COM APORTA COMO VERDADEIRO IMCOMPETENTE QUE ERA. O BARROSO DEU AS VILAS DIOGO ASSIM QUE PODE ( FOI TRATAR DA VIDA DELE E DOS SEUS FAMILIARES ) E O SAMPAIO DECIDIU METER O NARIZ AONDE NÃO ERA CHAMADO. VEIO O SOCRATES E FOI UM FARTAR DE VILANAGEM - COMO DISSE A MARIA DE LURDES - FOI UMA FESTA.
PORTANTO - CARO SOROMENHO - AINDA ESTÃO CÁ MUITOS E A GENTE SABEM BEM QUEM SÃO - PRISÃO COM ELES - E PÃO ( DA VESPERA ) E AGUA ... ASSIM QUE PAGAREM ( OU SEJA REEMBOLSAREM ... O POVO PORTUGUES DOS DESMANDOS QUE COMETERAM ) - SAEM
NÃO VALE A PENA - PARA ESTE PEDITORIO JA DEMOS ... COM 68 ANOS JULGAVA JA TER VIVIDO E VISTO DE TUDO - MAS AINDA VOU TER DE AMARGAR MAIS UNS TEMPOS POIS NÃO ESTOU DISPOSTO A VOLTRA A MESMA CEPA TORTA DOS ANOS 50/60 E QUEJANDOS...
Desde o 25 de Abril? E antes Sr. Simões? Um comentário em maiúsculas não seria publicado independentemente do conteúdo, mas esta frase (desde o 25 de Abril) com que saudosistas e ignaros plantam vulgaridades, tem intenção. Resumem os anos de democracia defeituosa à prática perniciosa de uns figurões, dando a entender que antes do 25 de Abril era melhor.
Ou são da meia dúzia de privilegiados que viveram na sombra do regime de partido único fascistóide, ou nascidos após e criados na ignorância desses tempos. Passadistas ou da família.
Os vícios da democracia são herança do passado salazarento, do obscurantismo e da ignorância promovida pelo poder político; do alheamento da vida pública, como da prática associativa e de discussão da política, da reivindicação dos direitos de cada um e da comunidade.
O sistema de cunhas, favores e dependências, não foi inventado após o 25 de Abril, era quase a única forma de arranjar emprego na ditadura e maneira exclusiva de criar uma empresa; tudo dependia da fidelidade à União Nacional e essa prática colou-se à sociedade, não é apenas os partidos, são os portugueses que obviamente não mudam em uma ou duas gerações.
A gestão da vida pública nada tem a aprender com antes do 25 de Abril, deixaram-nos um país miserável, analfabeto e sem infraestruturas; muito pobres e (supostamente) muito honestos, atrasados décadas em relação aos outros povos europeus.
Estou numa aldeia, encostada a Chaves, onde a energia elétrica chegou nos anos setenta, fazem ideia de como aqui se (sobre)vivia antes do 25 de Abril. Tenham maneiras e soltem os disparates retrógrados nos blogues que se deixam parasitar.
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