sábado, 8 de dezembro de 2012
Medina Carreira ou o branqueamento do Monte Branco.
É sabido que Medina Carreira tem um clube de fãs que vai desde gente muito à esquerda a gente muito à direita, consoante o assunto da sua truculência telegénica dê jeito a uns ou a outros.
Nunca acusou ninguém nominalmente apesar de passar por denunciante de várias áreas de criminosos. No fundo não tem inimigos, ao contrário da tese de perseguição política agora inventada.
Ser suspeito de envolvimento no caso Monte Branco trama-lhe o ofício e desvaloriza um activo da TVI; percebe-se que abram os noticiários desse canal e lhe façam especiais para ele se dizer inocente. Seria uma solução para os avultados custos da investigação e da Justiça, substituir o tempo morto das televendas noturnas, pela audiência de suspeitos nas televisões, o povão apreciava, tele-votava, e os processos seguiam ou eram arquivados.
As coisas não são assim, mesmo quando o Ministério Público veio dizer que nada havia contra figuras públicas suspeitas, as suspeições continuaram, é o sistema. Começou com a investigação a castigar dessa forma delinquentes contra quem não conseguia juntar provas de acusação, continuou para aniquilar adversários políticos e ganhar eleições, não vai parar.
O desenvolvimento deste caso leva a outras suspeitas. O Expresso diz hoje que uma fonte do processo refere que o nome do fiscalista poderá ter sido “usado como código” por Canas, e na realidade “pertencer a outra pessoa, considerada próxima de Medina Carreira”. Próxima é o quê? Um cliente? O DN não refere a proximidade, só o código.
Estaremos perante o branqueamento do Monte Branco? Desde que se sabe que os escritórios de advogados são alvo fáceis de buscas, (apesar dos protestos da Ordem) é óbvio que os possíveis documentos comprometedores estarão a recato, fora de casa ou dos escritórios.
Qual a intenção da fuga para o semanário Sol de uma busca a uma figura mediática. Dizer à opinião pública que a investigação deste caso é feita com “tiros no escuro”, comprometendo com os métodos os resultados.
Há uma ligação estreita entre as fraudes e branqueamento de capitais do Monte Branco e o BPN, são investigados muitos empresários, banqueiros e homens da política. Até Passos Coelho acabou por ver uma escuta validada neste processo, pelo presidente do Supremo, de uma conversa com um banqueiro sobre privatizações.
Será mais um caso da Justiça que vai dar em nada? Há crimes, suspeitos e arguidos, haverá condenações?
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2 comentários:
Quem come populismo a todas as refeições adora Medina Carreira.
Não será populismo; o carisma de Medina Carreira esgota-se depois de levantar os problemas, o que mais repete na televisão, depois de profetizar as desgraças, é que não sabe como se sai da situação.
Já poucos se lembrarão dele como governante (e podem-se fazer gráficos disso).
O estilo zangado tem público garantido, identifica-se com boa parte das reações popularuchas.
A honestidade autoapregoada está no ADN de todos os lugares onde abunda a pequena corrupção, também funciona.
Mas não é grave, os seus programas quando valem é pelos convidados, nada nele é novo.
Os seus gráficos são úteis, pena que depois de inventar a roda só a use em marcha-atrás.
Não é daquela toca que sai (outro) coelho.
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