quarta-feira, 24 de julho de 2013
Álvaro e os interesses instalados.
O ministro Álvaro, o remodelável, finalmente saiu do governo. Não saiu agora, saiu há tanto tempo que a pergunta que deixa é se alguma vez esteve no governo, se a pasta da Economia algum dia, destes dois anos, existiu.
É patente que a “Economia” andou com secretários de Estado, e muito mal. O saldo é o volume de desemprego e de encerramento de empresas. A economia portuguesa está como nunca esteve, de rastos.
O ministro nada fez, mas também trazia pouco para fazer; tinha escrito que a competitividade se conseguia com baixos salários, os interesses instalados ficaram interessados na tese e cooptaram-no. É a única razão porque veio do Canadá.
Aterrou num super- ministério sem experiência de gerir um mini-mercado, foram-lhe tirando trabalho até ficar sem nada para fazer, deixou assim de parecer incompetente e ganhou simpatias.
As visitas de Álvaro Santos Pereira a fábricas foram descobertas, mostravam um curioso embevecido com tudo; por uma linha de enchimento, uma prensa, uma qualquer geringonça automática, como um garoto na Disneylândia; era simpático mas não era ministro.
O ministro Álvaro decretou o fim da crise para 2012 em Novembro do ano anterior, quando o PIB caía e a recessão se instalava. Perdeu quase todos os secretários de Estado, com relevo para Henrique Gomes, sem mexer uma palha, e plagiou as propostas do comissário António Tajani sobre a reindustrialização da Europa.
Álvaro Santos Pereira só deu ao país – despesa. Demonstrou que a incompetência tanto pode vir dos quadros partidários como da Universidade ou da sociedade civil; nisso foi útil, pois vivem-se tempos de populismo enganador. Pela sua inutilidade, Álvaro Santos Pereira serviu os interesses instalados.
Só se governa bem com boas políticas e executantes sábios e experientes.
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