o número
Paulo Portas confessa razões políticas para não ter autorizado, pessoalmente, a aterragem do avião do presidente Evo Morales em Lisboa.
Hoje, no Parlamento, o ministro Paulo Portas, não conseguiu responder à pergunta várias vezes repetida, de quais foram as “considerações técnicas” ou “questões técnicas” que impuseram a recusa de autorização da escala em Lisboa do voo do presidente da Bolívia. Razão dos protestos da América Latina e da queima de bandeiras portuguesas na Bolívia.
A impreparação do Bloco de Esquerda permitiu a Portas fazer um número sobre o sobrevoo de Portugal; voo que foi televisionado em directo pela TeleSUR. Neste blogue até se colocou uma imagem de quando tocava as Canárias. O problema foi criado com a não autorização de aterrar em Lisboa, na vinda de Moscovo e não pelo sobrevoo.
O deputado Bernardino Soares sintetizou bem as razões políticas que levaram Portugal a obedecer aos EUA e a pôr-se “do lado do cerco do Estados Unidos ao senhor Snowden”.
Para Paulo Portas “a questão central não é Portugal nem Portugal é a questão central”. É falso, o incidente aconteceu devido a Portugal, que não autorizou a aterragem na vinda como autorizou na ida para Moscovo, como é falso que tenham existido quaisquer “razões técnicas” para tal procedimento.
As razões de Portas são políticas e está muito enganado quando defende que as tomou para “não colocar Portugal numa posição excessivamente exposta na questão do senhor Snowden".
A não ser que os governos da América Latina a protestar e bandeiras portuguesas a serem queimadas em manifestações, não seja exposição excessiva do nome de Portugal.
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