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A polémica das Parcerias Público Privadas do governo de José Sócrates, e as outras; os encargos, os sobrecustos, a campanha negra e a cobertura da comunicação social, a nova censura e o conluio de certo jornalismo com o jogo político mais rasteiro. A outra versão.
A versão que após passar ontem na RTP (no programa do ex-primeiro ministro), não merece agora qualquer discussão pública, isto depois de se ter andado anos a espalhar o contrário.
Sabendo-se as divergências ideológicas profundas que me separam de José Sócrates, penso que aqueles que prezam a verdade e a justiça aderem à necessidade de fixar estas imagens para memória do nosso tempo e da história dos últimos anos.
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1 comentário:
Com o fim dos morgadios em Portugal - caso único no mundo que os tinha instituídos - desde mil oitocentos e trinta e tal, que acabou a acumulação primitiva do capital e em duas gerações a delapidação do capital foi brutal. É necessário pensar que o único capital existente - e que tinha consistência – era a propriedade agrícola e que o seu avolumar era realizado por força dos casamentos e das heranças sucessivas. Assim o único grande capitalista que ficou no país foi, e é, o Estado que, fruto dessa condição, tem de proceder como tal.
Desde o liberalismo para cá só tem havido uns tipos ricos cujos descendentes tudo têm destruído. São a origem dos famosos patos bravos.Estes, que estão espalhados pela banca, comércio e industria não tem qualquer passado histórico que possa permitir-lhes invocar a sua natureza de capitalistas. O que não compreendo é haver associações publico-privadas cujo capital maioritário não pertença ao Estado e na sua administração não esteja - como no tempo salazarengo - um delegado governamental com ordens estritas para vigiar os comportamentos dos administradores do capital privado. E, pergunto, para quê ajudar mais patos bravos a sobreviverem quando quem precisa disso são os pequenos e médios proprietários daquelas actividades que, de facto, dão emprego, embora, sem se associarem inclusive, por exemplo, com o capital autárquico, dificilmente conseguiram ir longe.
O Sócrates deveria dizer quem são os privados que associou nas PPP, donde lhes vinha o capital exibido,que grau de honorabilidade lhes creditou e que grau de disciplina soube, ou quis, impor-lhes
Agora, depois de todos os expedientes políticos e financeiros que deixou em herança, é fácil insistir que com essas associações reduziria o desemprego. Que razões teve para não fazê-lo? Era caso para dizer-se para a frente e em força mas nada disso sucedeu. No seu tempo não houve nenhuma redução do número de desempregados. antes pelo contrário, viu-se começar o aumento e ninguém o viu empenhado noutra coisa mais que não fosse enriquecer alguns, dentre os quais, ele. Como esqueceu que todos queriam uma boa fatia e não a tiveram, fizeram-lhe a cama.
CLV
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