A preparação do orçamento (fora-da-lei) de 2014
O ambiente vinícola, em particular a companhia dos vinhos acabados das adegas, favorece o discurso, tenha nexo ou seja desarrumado.
Passos Coelho tem queda para ser notícia ao abrir a boca. É uma técnica, já dizia o dono dos móveis Baía: “não interessa que digam que os móveis não prestam, é preciso que falem na marca”. Falar, fala-se; comprar é outra loiça.
Passos Coelho quer que compremos um primeiro-ministro sóbrio e preocupado com os impostos desmedidos que os portugueses pagam. O mesmo Passos Coelho que antes dizia que não aumentava impostos e depois os agravou como se sabe, e sente.
Em visita a uma adega de Alijó foi dizendo: “nós não conseguimos recuperar a nossa economia para futuro, aumentando impostos”. Ou é um pensamento que saiu em voz alta, ou algo estranho anda a aumentar os impostos. A política tributária é responsabilidade do governo e do seu primeiro-ministro e de mais ninguém.
Passos queria chegar à desresponsabilização, por isso acrescentou que o Estado “não pode reduzir (a despesa) por razões constitucionais, como é conhecido, o que obrigou a aumentar ainda mais alguns impostos”.
Por mais remodelações e acrescentos, este governo, com este primeiro-ministro não consegue governar dentro da lei, confessa-o a toda a hora.
Pode não ser uma má notícia, afinal o que Passos Coelho anda a preparar é o clima para um orçamento fora-da-lei para 2014.
Venha ele e venha a lei.
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