(Não saímos do fundo - os fundos é que saem daqui.)
Como diria o Artur Albarran, na sua fase da guerra do Solnado, “ O choque! …O horror!… A tragédia…!!!” está aí. A crise da dívida mete-se, em crescendo dramático, pelos ouvidos dos mais ausentes e desatentos.
Os mercados, através dos seus agentes e padrinhos, deram o último alarme. A hora é de fugir de Portugal. Sete por cento, já não é taxa de rendabilidade suficiente para arriscar um possível processo de perdão de dívida portuguesa. Aprenderam com a Grécia enquanto os portugueses não aprendem nada com a Grécia.
As “notícias” chegam em catadupa, como convém numa campanha orquestrada; do segundo maior banco alemão, o Commertzbank, à maior gestora de obrigações do mundo, a Pimco, as campainhas soaram.
Os mercados financeiros ficam “nervosos” e têm as suas razões; têm estado a ganhar balúrdios à conta do empobrecimento dos portugueses sem nada arriscar, não lhes digam que há riscos de que um segundo resgate os venha a afectar.
Tudo isto não é novidade, nem para Paulo Portas. Aliás, culpam-no injustamente pelo alarme dos mercados, (tem culpas mas não são exclusivas). Na verdade, antes da crise de Julho, já o presidente da Pimco, Mohamed El – Erian, dizia ao Der Spiegel (em Março) que Portugal ia precisar de um novo resgate.
Agora é o tempo de todas as pressões, juntam-se as avaliações troikanas ao orçamento (fora-da-lei) de Estado, as nossas autárquicas às eleições alemãs, a decomposição grega ao rotundo falhanço das políticas de austeridade em Portugal.
Os verdadeiros mercados já nem estavam por aqui, apenas especuladores. As pressões vão continuar; de todos os troikos sobre o Tribunal Constitucional (Mexia da EDP mexe-se nesse sentido) e pressões do governo sobre a oposição e sobre os ofendidos pelas suas medidas.
Também o povo se vai manifestar, uns pelo voto, outros pelo voto e nas ruas, o tempo é mesmo de guerra. Está em causa a soberania do país e a vida da sua população.
Alguns dos meus votos são: Que se lixe a troika, os mercados especuladores e a Zona Euro dos alemães.
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