sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Cobardia nacional? Há um ano estava tudo na rua!
Que se passa? Setembro não é, habitualmente, um mês de marasmo e desmobilização popular.
Há um ano estava tudo na rua, os membros do governo eram vaiados, de Mota Soares em Ponte de Lima ao Miguel Macedo (da cigarra e da formiga) em Vouzela, para não falar nas estrelas, tipo Relvas, que já foram embora.
Faz hoje um ano que Conceição Cristas se desviou de um ovo, na “acção directa” mais exímia (por parte de um governante). Arménio Carlos e João Proença admitiam uma greve geral conjunta. Os deputados do PS ultrapassavam Seguro na reprovação do Orçamento, António Costa idem.
Centenas de milhar manifestaram-se contra a troika; o movimento “Que se Lixe a Troika” teve o seu apogeu a meio do mês. Depois houve a vigília ao conselho de Estado em Belém, para terminar no 29 de Setembro, “a maior jornada de luta de sempre da CGTP”, que fez do Terreiro do Paço - Terreiro do Povo.
Em Setembro do ano passado as sondagens davam maioria de esquerda e uma grande descida do PSD.
Agora estamos nisto: É Manuela Ferreira Leite que vem alertar para os cortes de 10% nas pensões serem “um teste a pessoas que não fazem greve, que não têm representação na concertação social, que não têm nenhuma legislação que as proteja…”
O que faz a esquerda? Anda a tratar das eleições autárquicas! Para quê?
As esquerdas estão a aproveitar o momento eleitoral para promover a contestação ao governo e aos partidos que o suportam? As autárquicas vão servir para dar um cartão vermelho ao governo? Nada disso.
PCP e Bloco de Esquerda, entre outros, elegeram como inimigo principal o Partido Socialista. A caça ao voto no mesmo eleitorado, e a afirmação, a isso obriga.
Os reflexos dessa política eleitoralista, vai refletir-se nas bases mais combativas do PS e levar por outro lado votantes naturais do centro-esquerda para a abstenção.
Quem ganha com isso? O PSD!
E nem é o PSD de Ferreira Leite, é o do governo, da troika, dos interesses actuais do mundo da finança.
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1 comentário:
Qualquer campanha que além da defesa dos seus candidatos não tenha em conta que É PRECISO VOTAR CONTRA OS PARTIDOS DO GOVERNO é infantilidade de esquerda. Pois, doença infantil... etc,etc!
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