quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O embuste da taxa de desemprego - há menos empregados!

A esperança do promissor mentiroso. Nov.2013

Os títulos não se comem, há menos emprego e menos salários em Portugal; mesmo entre os que têm emprego há mais precariedade e piores ordenados. Mas há uns anúncios que dão para os ministros torcerem, tagarelando “esperança” e “milagres económicos”.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados hoje dizem que no 3º trimestre deste ano, a taxa de desemprego foi de 15,6%, o que é uma descida homóloga de 0,2%. Desce no trimestre em relação ao anterior 0,8% (no 2º foi 16,4%) sabendo-se da sazonalidade do emprego no Verão. 

Não seriam más notícias, antes pelo contrário, se à descida da taxa de desemprego correspondesse um aumento do emprego; ora tal não se verifica.

Do Público: O INE dá ainda conta de um recuo inédito da população activa, o que pode ajudar a explicar a diminuição anual da taxa de desemprego. No final de Setembro havia 5392,2 mil de activos, menos 135 mil do que no mesmo período de 2012. 

Pode ajudar a explicar ou explica? “A população empregada foi de 4553,6 mil pessoas, o que representa uma diminuição homóloga de 2,2%”.

No ano há menos 2,2% de pessoas empregadas, há 0,2% de descida na taxa de desemprego. Em média saíram de Portugal 11250 pessoas por mês (135 mil no ano).

Será preciso sujeitar o ministro à “matemática avançada” para ele perceber que estes dados não dão esperança? São apenas o embuste da taxa de desemprego torcida para dar a ilusão de existirem mais empregos. Não é verdade!?

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2 comentários:

Paulo Vítor disse...

O problema é que são os títulos e o que as televisões dão que fica no ouvido.Hoje parece que tudo está a melhorar segundo a comunicação social, é o que fica.

Carlos Leça da Veiga disse...

O desemprego autêntico em Portugal não pode ser medido pela percentagem dos inscritos nos registos oficiais mas sim pelo seu valor económico. Como cada desempregado tem que continuar a comer e a ter residência e como isso custa dinheiro há alguém que tem de dar-lhe ajuda, isto é, tem de sustenta-lo. Como as despesas fundamentais são muito idênticas na tal união europeia/IV Reich e como nos estados, que não no português, o salário médio é, pelo menos, 3,5 vezes superior ao português tem de dizer-se que o desemprego nacional, de facto, é de 17% X3,5.