quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Iraque. Guerra na pós-guerra. Crimes duma invasão.

Cimeira dos Açores f.TSF


Esta manhã, uma séria de atentados à bomba em vários bairros do centro de Bagdad, Iraque, fez pelo menos 40 mortos e mais de 140 feridos.


Os atentados em Bagdad já não são noticia; os de hoje deve sê-lo pois são os primeiros coordenados e múltiplos, executados na hora de ponta, após a retirada das tropas americanas. Significam que o balanço da guerra do Iraque ainda não pode ser concluído.

Nove anos de ocupação que desfizeram um país e incineraram muito património da humanidade, não trouxeram nem paz nem democracia nem estabilidade política. Mais de 100 mil mortos entre os civis e 4.500 americanos, mais umas centenas de outras nacionalidades, são um balanço provisório. A guerra vai continuar e muito provavelmente assumir estatuto de guerra civil.

O Iraque poderá voltar ao seu passado mais tenebroso, com guerra entre milícias e limpeza étnica bairro a bairro. As três comunidades não se entendem, nem para governar nem para gerir o petróleo, a divisão do Iraque é um cenário realista. Os americanos fizeram a borrada e deixaram para trás o caos. O futuro do Iraque depende agora das potências regionais, Irão e Turquia, não pode resultar coisa boa para o povo iraquiano.

Lave-se as mãos no Ocidente, e preparem-se novas loucuras intervencionistas em outros países da região.

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