terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Canadá abandona Quioto - Durban fracassou.

China Dez 2011


O que se passou em Durban, na conferência sobre alterações climáticas é semelhante às decisões da Cimeira Europeia do último fim-de-semana. Fiascos mascarados com resoluções que nada resolvem. De Durban saiu como gemido ingénuo a promessa de que “para o ano continuamos a conversar”.

Os insucessos têm reflexos, por muitos apaixonados que surjam a dourar a pílula. As agências de rating vieram desacreditar as deliberações europeias e o malogro do “reforço das medidas de protecção do clima” em Durban, acaba com Quioto.

O Canadá abandona o Protocolo de Quioto por “efeito de estafa”. Cansou-se de pagar as obrigações do Protocolo, enquanto o vizinho do lado, que com a China são os maiores emissores de gases com efeito de estufa, nada pagam.

Portugal, que negociou o Protocolo tão bem que ficou com menos direitos que a Grécia, também deve repensar o seu papel. Que sentido faz um país em crise aguda, do clube “Top 10” da bancarrota, pagar emissões, quando contribui, comparativamente, com quase nada para a poluição do planeta.

Ainda por cima observamos a China, um potentado económico e financeiro graças ao dumping ambiental, a concorrer à EDP, e a outras “jóias nacionais” que nos obrigam a privatizar.

Para cúmulo da hipocrisia e da desfaçatez, a China, que não subscreveu o Protocolo de Quioto, considera lamentável a saída do Canadá. Percebe-se, é menos um país a pôr-se a jeito, para se deixar pilhar por aqueles que não assinaram Quioto.

Com os EUA, China, Japão, Rússia e Canadá de fora dos países que aceitam metas nas reduções de emissões, o que é o Protocolo de Quioto? Em que planeta vivemos? E o que faz Portugal no embrulho dos pagantes?

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