"É enorme o mal-estar no Ministério da Economia".
O ministro Álvaro já não agrada a ninguém. A governação económica está encalacrada, o Ministério da Economia esvazia-se progressivamente; foram-lhe retiradas as privatizações, as parcerias público privadas, o sector empresarial do Estado, o emprego para os jovens, o investimento externo.
Agora perante a guerra dentro do governo, pela tutela da gestão das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), Passos Coelho diz que Gaspar terá palavra “decisiva” nos fundos comunitários.
Seria normal, as verbas do QREN serem controladas pelo ministério da Economia. A ideia de uma comissão interministerial dirigida pelo Ministério das Finanças, levou o ministro Álvaro a afirmar que “ceder o QREN às Finanças é esvaziar o seu ministério” (DN). Esvaziar ainda mais, acrescente-se.
Não há confiança do governo no Ministério da Economia, nem do próprio PSD, que em Conselho Nacional lhe fez muitas criticas, como se tornou público. Os vários dossiers nas mãos do ministro são impasses governativos.
O que Passos Coelho agora diz não tem duas leituras: “Vítor Gaspar terá uma palavra decisiva na forma como a reprogramação estratégica dos fundos comunitários se processará”. Dito de outra forma, Álvaro pode dizer o que acha e Gaspar consente ou não.
A tutela dos Fundos é de Vítor Gaspar e não é certo o seu destino. Quando Passos Coelho fala em “estrita ligação com as opções que estão a ser tomadas do ponto de vista financeiro”, dá que pensar se o QREN vai para a economia ou para enterrar na insolúvel condição financeira e suas metas absurdas.
A Álvaro Santos Pereira resta sair de cena pelo seu pé, a curto prazo com ligeiros encontrões, ou de empurrão. O governo é o ministro Gaspar mais vários relações-públicas, Álvaro é desde sempre um erro de casting.
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