segunda-feira, 5 de março de 2012

Álvaro sai, QREN para Gaspar usar nas metas orçamentais.

oclarinet.blogspot.com Març.2012 
O QREN é para Vítor Gaspar gerir e usar nas metas orçamentais.

Álvaro Santos Pereira de saída do governo, dizia eu ontem. Fonte próxima do ainda ministro, citada pelo jornal i confirma que ameaçou demitir-se, no último Conselho de Ministros.

Declarações posteriores de Passos Coelho, Vítor Gaspar ou de comentadores influentes como Marcelo Rebelo de Sousa, indicam que fez mal em não se demitir na 5ª feira. Cada dia que passa irá ser mais empurrado para fora do governo, perdeu a confiança dos líderes do PSD e do CDS, não tem condições para enfrentar a oposição ou exercer o cargo.

Também há pouco para exercer no actual Ministério da Economia, a prioridade da política orçamental deste governo, deixa o país sem ministérios. O único pensamento é arranjar verbas, seja com maroscas no IRS, exploração de coimas e multas pelo fisco ou deixando de pagar a fornecedores. Depois do caso dos laboratórios Roche, os hospitais já pedem emprestado material de consumo diário, como as compressas que o Amadora/Sintra cedeu ao Garcia da Horta – que mais ministros venham a querer bater com a porta não será surpresa.

O governo está em desnorte, mas há um facto a reter, cresce o poder de Vítor Gaspar. Não se deu atenção às suas palavras em Manteigas, (deveria talvez falar ainda mais devagar) mas quando Gaspar diz que não há “clivagens no governo” tem razão. O governo é Gaspar, “ele manda”, como disse Marcelo Rebelo de Sousa acerca desta “pequena polémica” das verbas do QREN.

Vítor Gaspar tem total apoio de Passos Coelho e Paulo Portas e tem uma “legião” de defensores a equipará-lo na “missão histórica” a Oliveira Salazar.

A comparação já é feita às claras; no canal TV da Ongoing ouve-se, entre outros a Manuel Monteiro, que daria um bom primeiro-ministro à imagem de outros das finanças, Salazar e Cavaco. O estilo de controlar todos os cheques do Estado, foi mais feitio de Salazar. Sabe-se o que custou em décadas de miséria para os portugueses o controle salazarista das finanças.

Nesta situação, a saída do ministro Álvaro do governo pouco significa, se regressar ao Canadá nesta primavera, apanha a época do regresso dos mosquitos.

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