Agressão à jornalista Patrícia de Melo Moreira
Fazer um inquérito aos acontecimentos da última quinta-feira é perder tempo e dinheiro. Um agente do Corpo de Intervenção da PSP em declarações ao Jornal i, explicou como funcionam os seus cérebros em “modo” de “avançar”.Não há nada que um inquérito possa resolver. Disse ele ao jornal i:
“Quando dão a ordem para avançar, é quase impossível travar-nos, já não ouvimos ninguém, deixa de haver uma linha de pensamento, e a questão de serem fotojornalistas ou cidadãos nem se nos coloca naquele momento: a nossa função é limpar o local”, confessou ao í um agente do Corpo de Intervenção (CI) que pediu o anonimato. (fim de citação)
À parte a confissão do agente, quando fala de fotojornalistas e cidadãos, que nem lhes passa pela cabeça distinguir cidadãos manifestantes de cidadãos desordeiros, tudo se resume ao treino. Quando se treina alguém para ser uma besta, sai comportamento de besta. Digo isto sem qualquer intenção de ofender, a verdade é que tal como a forma unida tem por missão criar corpo, o treino para exercer violência sobre mais fracos procura obediência cega e investida sem vacilações.
Um homem normal não bate em mulheres pacíficas ou homens no chão, não usa violência desnecessária; aliás, a maior parte dos animais ditos irracionais têm os seus códigos de paz e derrota, ficam imobilizados, fogem, deixam de mostrar os dentes, deitam-se de patas para o ar etc. Os nossos códigos são semelhantes, a fuga ou mostrar as palmas das mãos bastam para em situações normais refrear a violência.
Aos “corpos de intervenção” não lhes dão nada nos treinos, tiram-lhes. Tiram-lhes capacidades e discernimento, o termo não é neuropsicológico mas não tenho melhor, ficam atrofiados; não são autómatos nem paus mandados são atrofiados. E quando se está atrofiado não se pode receber ordens de chefes atrofiados ou ter ministros atrofiados que mandam nos chefes atrofiados.
É que as imagens da greve geral de quinta-feira que passaram na comunicação social estrangeira, não foram da greve, foram dos confrontos estupidamente violentos provocados pelos atrofiados. Imagens parecidas com as da Grécia – e gastam milhões para convencerem meio mundo que não somos a Grécia.
Ficámos a saber que os “corpos de intervenção” limpam tudo à ordem de “avançar”; que tal usá-los para limpar as praias, ou ainda melhor – as matas.
AVANNNÇAR!!!
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2 comentários:
A psicologia explica o comportamento que o polícia descreveu. Coisa que já se sabe há mais de 100 anos... Se se continua a formá-los para reagirem desta forma, é porque o poder instalado precisa deles assim.
Muito bom, Carlos Mesquita! É isso mesmo. É triste mas é verdade: não somos mais do que animais com a patine da cultura que está a desaparecer muito depressa. Então nestes grupos nem vale a pena falar: são treinados como quem amestra cães.Que estes me perdoem porque estão no seu estado natural.
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