quinta-feira, 15 de março de 2012
Otelo diz que era necessário outro 25 de Abril.
Otelo disse ontem que era necessário um novo 25 de Abril, eu também sou dessa opinião. Se o Ministério Público vai abrir mais um inquérito ao coronel Otelo Saraiva de Carvalho por essas afirmações, pode também abrir um a mim e muitos mais a milhares de cidadãos deste país que pensam o mesmo.
Há quatro meses, Otelo fez umas declarações que foram entendidas como apelo a um golpe de Estado. Na altura não foram, apesar dos esforços de alguma comunicação social em demonstrar o contrário; manipularam vídeos da entrevista, truncaram o discurso, apresentaram o que deu jeito. Agora o Público diz que “Otelo defende actuação das forças armadas em nome do povo face a perda de soberania”.
Com o devido respeito pelos jornalistas, vamos precisar de ouvir as declarações de Otelo na íntegra, para perceber se na sua opinião já foram “ultrapassados os limites”.
Até lá, fiquem cientes que a campanha em marcha do “apoio dos portugueses às medidas do governo” só deixa todos mais descontentes; a perda da independência nacional, de condições de vida e dos direitos sociais, traz os portugueses cada dia mais insatisfeitos. De pouco serve tentar combater o desagrado com propaganda do governo, da Comissão Europeia ou do conjunto da troika, haverá sempre quem não se conforme.
Otelo considerou como “caso notável” a Islândia: “O povo prendeu os políticos, prendeu os banqueiros, disse que não pagava dívida nenhuma, que a culpa não era do povo, e com o poder popular emergente elegeram uma comissão para elaborar uma nova Constituição”.
O que fez o Ministério Público da Islândia? Fez inquéritos? A quem?
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2 comentários:
E disse muito bem. Apoiado!
Augusta Clara
Não tenho quaisquer dúvidas que se não forem as forças armadas, em Portugal, ninguém molestará aqueles que estão a entregar a soberania nacional à vontade discricionária dos hunos e a reduzir o País a uma
miséria jamais antevista.
Rememore-se a História portuguesa e verifique-se que, desde 1820,sem a intervenção das suas forças armadas nunca houve qualquer alteração política com algum significado para a salvaguarda da Democracia.
Agora, salta à vista que é fundamental haver uma viragem no sentido de querer reinstitui-la.
Nenhum dos actuais "partidos da oposição" manifesta qualquer interesse sério em querer salvar os interesses do País, por desígnio os democratas. Se quisessem fazê-lo não estariam presentes em S.Bento – a brincar aos parlamentos - e, com isso, a legitimar o formalismo - bem pobre - do regime em curso.
Que teria de fazer o Cavaco se não fosse verificável o normal funcionamento das instituições?
O IV Reich está a conseguir aquilo que o III nem tentou.
Se o Comandante do 25 de Abril avança com a conclusão de que é necessário uma repetição daquele acto tão notável da nossa História, por mim, só posso dar-lhe a minha concordância.
CLV
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